Saudações literárias, turm@ que acompanha o blog Diário Virtual de Leitura!
Após um período de ócio produtivo, o blog retorna as suas postagens habituais. E a data não poderia ser mais propícia, pois hoje se comemora o 128º aniversário da poetisa Cora Coralina, nasceu na cidade de Goiás, no dia 20 de agosto de 1889. Seu nome de
batismo era Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. Tornou-se doceira,
ofício que exerceu até os últimos dias de sua vida.
O site http://noticias.universia.com.br em comemoração aos 30 anos de sua morte enumerou os cinco famosos poemas e Coralina, tarefa difícil, não é mesmo? Então, vamos a eles!!
“Não te deixes destruir…
Ajuntando novas pedras e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces.
Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha um poema.
E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas e não entraves seu uso aos que têm sede.”
“Renovadora e reveladora do mundo
A humanidade se renova no teu ventre.
Cria teus filhos, não os entregues à creche.
Creche é fria, impessoal.
“Nunca será um lar para teu filho.
Ele, pequenino, precisa de ti.
Não o desligues da tua força maternal.
Que pretendes, mulher?
Independência, igualdade de condições…
Empregos fora do lar?
És superior àqueles que procuras imitar.
Tens o dom divino de ser mãe Em ti está presente a humanidade.
Mulher, não te deixes castrar.
Serás um animal somente de prazer e às vezes nem mais isso.
Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar.
Tumultuada, fingindo ser o que não és. Roendo o teu osso negro da amargura.”
3º poema: Eu Voltarei
“Meu companheiro de vida será um homem corajoso de trabalho, servidor do próximo, honesto e simples, de pensamentos limpos.
Seremos padeiros e teremos padarias.
Muitos filhos à nossa volta.
Cada nascer de um filho será marcado com o plantio de uma árvore simbólica.
A árvore de Paulo, a árvore de Manoel, a árvore de Ruth, a árvore de Roseta. Seremos alegres e estaremos sempre a cantar.
Nossas panificadoras terão feixes de trigo enfeitando suas portas, teremos uma fazenda e um Horto Florestal.
Plantaremos o mogno, o jacarandá, o pau-ferro, o pau-brasil, a aroeira, o cedro.
Plantarei árvores para as gerações futuras.
Meus filhos plantarão o trigo e o milho, e serão padeiros.
Terão moinhos e serrarias e panificadoras.
Deixarei no mundo uma vasta descendência de homens e mulheres, ligados profundamente ao trabalho e à terra que os ensinarei a amar.
E eu morrerei tranqüilamente dentro de um campo de trigo ou milharal, ouvindo ao longe o cântico alegre dos ceifeiros.
Eu voltarei…
A pedra do meu túmulo será enfeitada de espigas de trigo e cereais quebrados minha oferta póstuma às formigas que têm suas casinhas subterra e aos pássaros cantores que têm seus ninhos nas altas e floridas frondes.
Eu voltarei…”
4º poema: Ressalva
“Versos…não Poesia…não um modo diferente de contar velhas histórias”
5º poema: Meu Destino
“Nas palmas de tuas mãos leio as linhas da minha vida.
Linhas cruzadas, sinuosas, interferindo no teu destino.
Não te procurei, não me procurastes – íamos sozinhos por estradas diferentes.
Indiferentes, cruzamos Passavas com o fardo da vida...
Corri ao teu encontro.
Sorri.
Falamos.
Esse dia foi marcado com a pedra branca da cabeça de um peixe.
E, desde então, caminhamos juntos pela vida...”
Após a leitura e apreciação dos cinco poemas, que tal destacar nos comentários a sua indicação de leitura da poetisa de Goiás? Esperamos seu comentário!!!