Informações sobre a carreira docente.
FEDERALIZAÇÃO DA CARREIRA DOCENTE NO BRASIL. A ENGENHARIA INSTITUCIONAL DO “FEDERALISMO BRASILEIRO” PARA GARANTIR A NACIONALIZAÇÃO DA CARREIRA DOCENTE. SINDICATO APEOC. COLETIVO PELA EDUCAÇÃO. Saiba Mais.
Em 17-10-2012
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Leitura na EJA ao som de Gonzagão
Com as músicas mais famosas de Luiz Gonzaga os alunos da EJA vão poder ler antes de saber ler convencionalmente- Ler e escrever textos conhecidos de memória, ajustando o oral ao escrito.
- Construir conhecimentos sobre o funcionamento do sistema alfabético de escrita.
- Conhecer um pouco da vida e da obra de Luiz Gonzaga, um dos grandes expoentes da música popular brasileira
Conteúdo
- Leitura pelo aluno
- Escrita pelo aluno
Anos
1º e 2º anos.
Tempo estimado
Um mês.
- Cópias do texto "A trajetória do rei", da revista E, do Sesc SP, nº 181 - junho 2012 (clique para baixar)
- Cópias das letras das músicas que serão trabalhadas (clique nos títulos para baixar a letra):
- A vida do viajante
- Xote das meninas
- Asa branca
- Áudio ou vídeo de cada uma dessas músicas
Desenvolvimento
1ª etapa: roda de conversa
Primeiramente, converse com os alunos sobre o que conhecem de Luiz Gonzaga. Quem foi? De onde era? Que músicas compôs? Tinha algum apelido? Anote as respostas em um cartaz e informe que vocês vão estudar um pouco a vida e algumas músicas desse artista e, ao longo do trabalho, vão poder confirmar se essas hipóteses são corretas ou não.
2ª etapa: leitura em grupo de um texto informativo
Organize a turma em duplas, agrupando alunos com hipóteses próximas de escrita. Distribua para cada dupla uma ficha, como esta:
NOME: _____________________________________
APELIDOS: __________________________________
ONDE NASCEU: _______________________________
QUANDO NASCEU: ____________________________
QUANDO FALECEU: ___________________________
Peça para que leiam a ficha e informe que vocês vão ler um texto sobre a vida de Luiz Gonzaga com o objetivo encontrar as informações para preenchê-la.
Distribua uma cópia do texto "A trajetória de um rei" para cada dupla. Faça uma primeira leitura em voz alta e peça para que acompanhem com o dedo ou com o lápis. Observe se os alunos estão seguindo a leitura, fazendo pausas para verificar se todos estão com o dedo na mesma palavra que você acabou de ler.
Retome as questões da ficha e faça uma segunda leitura, solicitando que os alunos grifem as informações encontradas.
Com base nas descobertas, proponha à turma a produção de um cartaz sobre a vida de Luiz Gonzaga.
3ª etapa: leitura em grupo de uma música
Ouça com os alunos a música "A vida de um viajante". Discuta sobre o que acharam, se já conheciam a letra, se gostaram ou se emocionaram. Em seguida, distribua uma cópia da letra da música para cada aluno e faça uma leitura em voz alta, solicitando que acompanhem com dedo ou com o lápis (como na etapa anterior).
Pergunte se os alunos encontraram rimas na música. Depois de debaterem sobre algumas possíveis rimas, peça para circularem a palavra "país". De que maneira descobriram que tal palavra era "país"? Está no começo ou no final do verso? Começa como? Em seguida, questione que palavra na música rima com "país". Cante novamente os dois primeiros versos até que percebam a rima de "país" com "feliz". Peça para circularem também a palavra "feliz". Repita esses questionamentos com as demais rimas das letra.
4ª etapa: escrita em dupla
Depois de cantar algumas vezes a música, verifique se os alunos já memorizaram pelo menos uma estrofe inteira. Agrupe novamente os alunos em duplas produtivas e distribua a primeira estrofe recortada em versos (para os pré-silábicos e silábicos com ou sem valor sonoro convencional) ou em letras (para os silábicos-alfabéticos e alfabéticos), ajustando os desafios da atividade às possibilidades dos alunos. Para as duplas que acabarem primeiro, entregue as outras estrofes.
Repita as etapas 3 e 4 com as outras letras.
Avaliação
Observe se os alunos:
- Conseguem progressivamente acompanhar com mais segurança a leitura feita em voz alta.
- Encontram as palavras solicitadas, ajustando o que se fala ao que está escrito e considerando os índices gráficos (letra inicial, letra final)
- Ordenam ou escrevem os versos das músicas, refletindo sobre as letras das palavras e em que ordem devem aparecer.
Professores Pesquisadores
data: 05-09-2012
Olá pessoal, essa postagem é
direcionada a professores pesquisadores. Segue abaixo uma relação de
eventos científicos que acontecerão na UERN e na UFC.
I Seminário de Avaliação da Formação do Pedagogo no Curso de Pedagogia da UERN, uma ação indispensável para a consolidação de uma formação profissional que atenda as reais demandas educacionais da sociedade.
Pretende-se
fomentar o debate, o aprofundamento teórico-metodológico de conceitos e
princípios que fundamentam práticas formativas do curso de Pedagogia e o
diálogo com profissionais que representam campos de estágio e de
atuação do futuro profissional da pedagogia. http://semaped2012.blogspot.com.br/
O II Seminário Nacional do Ensino Médio (SENACEM 2012) traz como tema PROFISSÃO DOCENTE, CURRÍCULO E NOVAS TECNOLOGIAS.
O evento será espaço de debate para pesquisadores com experiências em
diversas áreas de formação e diversas regiões do país para discutir os
desafios e as possibilidades do contemporâneo para a docência e para o
currículo do Ensino Médio. Continuaremos, também, pautando o debate
sobre as políticas governamentais do Ministério da Educação para o
ensino médio e seus reflexos na escola, enfatizando as pesquisas
desenvolvidas nas escolas públicas de ensino médio em todo o Nordeste do
Brasil, agora estabelecendo relações com outras regiões do país.
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Olá gestores e educadores,
Ensinar português, matemática e outras matérias continua sendo a prioridade da escola. No entanto, com um mercado de trabalho cobrando cada vez mais do jovem, será que a escola não deveria se preocupar também em formar um jovem empreendedor, capaz de suprir esta demanda? É isto que a doutora em Educação Targélia de Souza Albuquerque indaga neste texto, produzido exclusivamente para o Jornal Virtual.
Boa leitura!
Empreendedorismo jovem: qual o seu lugar na escola básica?
Iniciamos esse diálogo com uma problematização para a escola, e em especial, para nós, educadores: como os jovens podem fazer a diferença como coautores de uma cidadania planetária e qual o compromisso da escola básica com a formação plena de nossos estudantes?
Nos últimos trinta anos, as transformações sociais vêm se radicalizando e exigindo posicionamentos científicos e tecnológicos cada vez mais inovadores. A sociedade do conhecimento gera poder na medida em que constrói as relações de subordinação. Por essa razão, uma educação emancipadora se torna indispensável cada vez mais cedo. Não se pode esperar mais o término de um curso superior ou o ingresso no primeiro emprego para se pensar em empreender e inovar. A excelente formação acadêmica e tecnológico-profissional de nossos jovens continua a ser uma das exigências de sua educação plena, porém novas demandas estão se impondo como necessárias à inserção crítica e com autonomia no mercado de trabalho e colocando novos desafios à reinvenção da sua empregabilidade. O emprego, na ótica tradicional, já não dá conta das exigências de sobrevivência, de desenvolvimento sustentável, entre outras demandas da produção de uma sociedade digna, fraterna e justa.
Problematizar sobre novas possibilidades de emprego e alternativas criativas de sobrevivência, que contribuam para o desenvolvimento das comunidades locais e de processos mais amplos, passa a ser responsabilidade de todos os educadores e profissionais que direta ou indiretamente participam da vida dos jovens no nosso país. Isso também vai fazendo parte da vida do próprio jovem, na medida em que constrói e/ou conquista autonomia.
Este conceito precisa ser ampliado, relacionando-o principalmente com as categorias de autonomia, criticidade e criatividade, a partir dos ensinamentos de Paulo Freire. Precisamos estar situados no mundo como sujeitos construtores da história, pois viver intensamente o presente e empreender é iniciar a construção de um futuro provavelmente promissor.
Eis um grande desafio a enfrentar! É importante considerar o empreendedorismo como uma oportunidade a mais para a inserção crítica e com autonomia do jovem no mercado de trabalho, como possibilidade de afirmação da sua identidade como ser humano. Isso pode torná-lo capaz de socializar ideias, de trabalhar junto, de inovar num processo colaborativo, de realizar-se em processos criativos de trabalho, rompendo com dependência dos padrões tradicionais de emprego. Empreender é ampliar uma visão de mundo, de si mesmo no mundo do trabalho.
A ideia das novas formas de trabalho e, não exclusivamente de emprego, vem ganhando força entre diversos segmentos da sociedade. Nesse contexto, torna-se cada vez mais necessária a inclusão do tema “empreendedorismo/protagonismo juvenil” nos currículos da escola básica e da universidade, para que o jovem tenha o direito de ser educado para a mudança e não para estabilidade. A responsabilidade e o compromisso com essa formação incluem uma prática educativa dialógica que possibilite aos jovens “uma leitura crítica de mundo” e o reconhecimento de, como sujeitos históricos, podem ousar e intervir com autonomia no mercado de trabalho, participando da construção de um mundo melhor.
Targélia de Souza Albuquerque é Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Olá gestores e educadores,
Vivemos em uma época muito diferente do que quando ocupamos as cadeiras das salas de aula como alunos. Hoje, os jovens estão com smartphones, notebooks, tablets e equipamentos dos mais diversos com conexão à internet – algo que pode parecer um desafio para muitos professores. Por isso, como o educador deve agir tendo em vista esta vasta gama de estímulos e potenciais distrações para o aluno? A professora Elizabeth Magno aborda este assunto neste artigo elaborado com exclusividade para os leitores do Jornal Virtual. E você, caro educador, o que pensa? Como o professor deve se relacionar com a tecnologia em sala de aula?
Boa leitura!
O dilema do professor frente à geração Z
Como concorrer com ferramentas como o celular, o computador e a Internet e suas inúmeras formas atrativas que encantam os jovens da geração Z (nascidos a partir de 1993)? Como captar a atenção desses jovens que nasceram e cresceram na era digital? Qual o desafio do professor em atrair essa geração acostumada com e-mail, Twitter, Facebook, Orkut, blogs, Google, informações e comunicações instantâneas?
Há uma reclamação recorrente por parte dos professores com relação ao uso do notebook em sala de aula, uma vez que os alunos se distraem e não prestam atenção à aula. Ora, mas essa geração é a geração da pluralidade, que consegue desenvolver várias tarefas ao mesmo tempo. É comum, durante as aulas, o aluno fazer uma pesquisa, tuitar, atualizar o mural do Facebook, isso tudo ao mesmo tempo, enquanto assiste às aulas. Mas quanto do conteúdo que é dado em sala pelo professor é realmente assimilado?
A grande vantagem da internet é o acesso fácil e a qualquer momento à informação. Com isso, os alunos acabam preterindo a fala do professor, ou melhor, a aula, pois sabem que podem, num piscar de olhos, fazer uma leitura sobre aquele assunto. A internet estimula as inteligências múltiplas de diversas maneiras, mas talvez de forma superficial. Por exemplo: a leitura em profundidade foi substituída por posts. Para que o aluno precisa ler um livro sobre determinado assunto se o Google disponibiliza o resumo, se o Youtube oferece os mais fantásticos (e também os mais medíocres) vídeos dos mais diferentes assuntos?
O neurocientista Gary Small, pesquisador da Universidade da Califórnia (EUA), acredita que, desde quando o homem primitivo aprendeu a usar uma ferramenta, o cérebro não sofria um impacto tão grande e significativo como ocorreu com o uso da Internet. Sabemos que o cérebro humano é uma estrutura que é movida a desafios e que se transforma com eles.
Segundo pesquisa recente, os alunos de bons professores aprendem 68% mais do que os colegas orientados pelos piores docentes. Então o professor é quem faz a diferença. Apesar de todos os atrativos da internet, em sala de aula, um bom professor é o destaque. E nesse sentido o papel do professor é fundamental em abastecer e alimentar os cérebros dos seus jovens alunos e ajudá-los a aprofundar o conhecimento, a fazer conexões, a transformar essa rede de informações em conhecimentos significativos. Ou pode também proibir o aluno de usar o notebook e de acessar a Internet e usar em suas aulas apenas o PowerPoint, para mostrar textos e mais textos, lendo-os em seguida, sem explicar ou contextualizar, sem instigar os alunos à participação.
Se, afinal, a geração Z está acostumada com atividades que envolvam oxigenação, inovação, criatividade, como se relacionar com alunos que estão num nível digital, tecnológico, diferente do professor?
É necessário que o professor esteja motivado, busque qualificação permanente, conheça as características das novas gerações, os processos cognitivos de aprendizagem, as novas tecnologias e, claro, interaja com elas. Nesse sentido, somos todos aprendizes.
Elizabeth Magno é professora do Estado em Macapá (AM) e coordenadora pedagógica do Centro de Ensino Superior do Amapá.
Fonte da imagem: http://e035099a.blogspot.com/2011/04/uso-de-celular-na-sala-de-aula.html
DICA DE ENTREVISTA:
Uma super entrevista para curtirmos um pouco de Edmir Perrotti.
Como buscar os melhores profissionais para a sala de aula
Painel de especialistas organizado pela Fundação Victor Civita aponta oito caminhos para atrair bons candidatos para a docência
Ivan Paganotti (novaescola@atleitor.com.br)
1. Oferecer salários iniciais mais altos Em comparação com outras profissões que exigem curso superior, a docência ainda ostenta as piores médias salariais (veja gráfico abaixo). A conta é simples: como ocorre em qualquer outra ocupação, se a remuneração não compensa, os melhores candidatos podem se afastar. "Aumentar os salários é uma medida que pode fazer efeito a longo prazo, pois atrairá os melhores alunos do Ensino Médio para a carreira", recomenda o economista Naércio Menezes Filho, da Universidade de São Paulo (USP). A dificuldade mais evidente é que a recuperação salarial de toda a categoria exigiria um alto investimento do governo. Também seria preciso aprofundar a opção pela Educação Básica, pois hoje o Ensino Superior recebe proporcionalmente muito mais recursos - cada aluno de Universidade custa, em média, seis vezes mais do que um aluno de 1ª a 4ª série.
Ainda é pouco
Na comparação salarial com outras profissões de formação superior, a docência segue perdendo
2. Propor bons planos de carreira
Em geral, as carreiras docentes no Brasil têm uma progressão muito burocrática, com promoções baseadas quase exclusivamente no tempo de serviço. União, Estados e municípios precisam criar caminhos para o docente evoluir sem ter de sair da sala de aula e virar coordenador, diretor ou formador, como ocorre hoje.
3. Melhorar as condições de trabalho
A falta de condições diz respeito tanto à estrutura material da escola quanto à dinâmica no ambiente escolar, onde a violência é um dos problemas mais graves (veja o gráfico na página seguinte). Um local de trabalho agradável motiva os docentes a seguir ensinando. A solução passa por investimentos na recuperação e melhoria da infraestrutura e na preparação adequada de gestores e professores para se aproximar da comunidade, garantindo que todos aprendam e respeitem o papel social da escola e seu espaço.
Ambiente ruim
Percepção de violência afugenta professores em potencial
4. Focar a formação em serviço nas dificuldades em sala
Apesar de o Brasil investir muito em formação continuada, falta considerar o que o corpo docente de cada instituição deve aprender. "Muitas vezes, não se sabe quem é o professor, qual sua formação e o que ele precisa para melhorar sua prática", diz Maria Auxiliadora Rezende, ex-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). Uma alternativa é planejar atuações dentro da escola e não só em cursos externos. Nesse aspecto, os coordenadores pedagógicos têm um papel central: são eles que identificam os desafios e planejam a formação.
5. Oferecer uma boa experiência escolar Se o estudante consegue aprender e tem uma boa relação com professores e colegas, tende a pensar mais na possibilidade de escolher a docência. "Precisamos de bons exemplos sobretudo na rede pública, pois é de lá que atualmente vem a maioria dos professores", avalia Marli Eliza de André, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
6. Melhorar a formação inicial
Muitos docentes abandonam a carreira pela frustração de não ajudar os alunos a aprender. As deficiências de formação, que começam na Educação Básica, se aprofundam nas Licenciaturas e nos cursos de Pedagogia - segundo pesquisa FVC/FCC de 2008, apenas 28% das disciplinas da grade curricular se destinam à formação profissional específica. A mudança passa pela transformação dos currículos das graduações de Educação, com mais espaço para as didáticas específicas.
7. Resgatar o valor do professor na sociedade
Por mais evidentes que sejam os problemas relacionados à docência, é necessário tentar equilibrar a cobertura midiática sobre a precariedade do ensino com iniciativas positivas para não desmotivar os futuros candidatos. Pouco adianta enfatizar problemas sem demonstrar possíveis saídas para sua solução. Uma alternativa é ampliar a divulgação dos prêmios existentes, disseminando iniciativas que merecem reconhecimento e podem ser adotadas como modelo.
8. Tratar o professor como profissional
A ideia é desmontar a noção de que a docência exige um dom e um sacrifício próximos do sacerdócio - trata-se de uma impressão disseminada entre os jovens, como mostra a sondagem da FVC/FCC. Não bastam atenção, paciência e boa vontade. É preciso reforçar o saber específico que o profissional possui: o conhecimento didático e o controle das ferramentas pedagógicas, algo que se constrói não apenas na graduação, mas ao longo de toda a trajetória profissional.
fonte: http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/carreira/nossos-futuros-professores-535427.shtml
O piso salarial é apenas o primeiro passo
Ainda que o salário-base tenha reduzido desigualdades, a valorização da docência exige melhorar as condições de trabalho e a formação
Camila Monroe (novaescola@atleitor.com.br) e Rodrigo Ratier
Para começo de conversa, é preciso esclarecer que nunca existiu um passado idílico em que os educadores eram respeitados, lecionavam em escolas de excelente infraestrutura e ganhavam bem. Se a valorização social foi, pelo menos até a década de 1960, uma realidade, o mesmo não se pode dizer acerca dos bons salários. O Brasil já nasceu pagando mal seus mestres. A primeira Lei Geral do Ensino, decretada por dom Pedro I em 1827, estabelecia que eles deveriam receber pelo menos 25 mil-réis mensais - um terço do que ganhava um feitor de escravos e, em valores de hoje, algo em torno de 930 reais.
No século seguinte, a situação melhorou e o salário médio se aproximou dos 2 mil reais (valores corrigidos) na década de 1950, não muito distante do que ganha, hoje, um educador com Ensino Superior (média de 1.788 reais, em 2009). Entretanto, a universalização do ensino, ocorrida entre os anos de 1970 e 2000, exigiu a contratação de uma massa de profissionais sem a formação adequada, que iniciou na função recebendo bem menos do que os graduados (o salário de um docente com Ensino Médio estava em torno de 1.162 reais em 2009). Isso derrubou a média salarial da categoria. O que já não era grande coisa ficou ainda pior porque os investimentos governamentais não cresceram na mesma proporção do número de alunos que passou a frequentar a escola, deteriorando o ambiente de ensino e afugentando, de vez, os profissionais mais bem qualificados para a docência.
ATRÁS DOS OUTROS Salários médios dos professores são inferiores aos de outras profissões de mesmo nível de formação (considerando uma jornada de 40 horas semanais) Fonte: PNAD/IBGE Clique para ampliar
Também não se pode perder de vista que, se a intenção é que a Educação brasileira atinja patamares decentes e a valorização do Magistério se concretize, a remuneração é apenas um dos nós a ser desatado. A recuperação salarial não pode vir desacompanhada da melhoria na formação (o conhecimento didático é a matéria-prima do trabalho docente), da rediscussão das jornadas de trabalho (com períodos dedicados ao planejamento e à avaliação nas escolas) e do investimento na infraestrutura escolar (para que se ofereçam boas condições para lecionar). Sem isso, não haverá dinheiro capaz de atrair os melhores candidatos para as Licenciaturas e a Pedagogia.
Fonte:
http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/carreira/piso-salarial-apenas-primeiro-passo-627313.shtml?page=1
Olá gestores e educadores, segue mais uma excelente reflexão do jornal virtual Fala, Mestre! para este período de férias escolares. Vale destacar que o tema drogas não poderá ter descanso nunca.
O perigo das drogas está cada vez mais presente na sociedade. Muito se discute, tanto na esfera pública quanto na privada, sobre o que se pode fazer para diminuir e, consequentemente, extinguir tal problema. Um dos fatores que pode auxiliar neste combate às drogas é a escola, tema este abordado pelo presidente do Sinepe/PR, Ademar Batista Ferreira, neste texto exclusivo para o Jornal Virtual. Com uma escola em tempo integral, crianças e adolescentes talvez teriam menos tempo para ter contato com as drogas.
Você concorda com isto? Leia o artigo e depois nos mande seu comentário.
Fonte: http://dani68historias.blogspot.com |
Boa leitura!
Drogas: é preciso prevenir
Em todas as civilizações que temos conhecimento constatamos, com maior ou menor intensidade, algum tipo de envolvimento com drogas, seja álcool, tabaco ou outros derivados. A busca pelo prazer através de artifícios faz parte da natureza humana.
Hoje, com a vida em sociedade cada vez mais precarizada e cheia de pressões, percebemos o comportamento humano voltado para o agora e para a busca de prazer a qualquer preço. Com isso, o mundo das drogas funciona como uma “solução imediata”.
A situação é difícil, mas talvez compreensível em alguns pontos, afinal hoje temos uma sociedade onde as mulheres precisam trabalhar para ajudar no sustento e dar melhores condições para a família. Os filhos, quando pequenos, ficam com babás, com a avó ou em creche, mas, ao iniciar o ensino fundamental, começa o problema: escola somente em meio período. Um turno na escola e o outro? Em casa ou na rua, convivendo com amigos e pessoas de todas as idades. Nesta fase é comum encontrar crianças de 7 anos juntos com jovens de 17.
Já a partir de 10 anos, vemos crianças já pré-adolescentes e quase 50% semi-alfabetizadas que não conseguem acompanhar a escola. Com muita liberdade e influência dos tais “amigos”, começam a ir mal na escola e deixam de frequentá-la. Preferem ficar com os tais “amigos” em shoppings, praças, etc. Nesta hora vem o convite para provar as novidades, sejam legais ou ilegais.
Com grande acesso à informação, nossos jovens, especialmente os mais carentes, querem ter acesso às coisas bonitas da vida: tênis e roupas de marca, celular e computador do último modelo. Os pais não conseguem comprar nem acompanhar as novidades lançadas pelo mercado. Como praticamente não existem no mundo formal condições para um adolescente de 14 anos ganhar dinheiro honestamente, sobra o convite aos pequenos delitos, furtos, desvios, pequenos favores. Neste círculo vicioso chega a vez do traficante, que também quer “ganhar” seu dinheiro. O grupo de “amigos” influencia comentando que a droga é muito prazerosa.
A escola sente e acompanha a “perda” de cada um desses alunos a cada ano que passa. O que desanima é que não vemos nenhum governo, municipal, estadual ou federal, pensando em como quebrar esse círculo. A solução passa por rediscutir o modelo social das escolas. Precisamos ter escolas do ensino fundamental ao médio em período integral, das 8h às 17h como na maioria dos países em que a educação escolar faz o seu papel e afasta os jovens do submundo. Nesta escola, além das disciplinas obrigatórias, se ensinam os fundamentos de profissões importantes, como cozinha, panificação, marcenaria, computação, eletricidade, esportes. Com uma escola nesse modelo, não sobraria tempo para os nossos jovens ficarem na rua, com tempo de sobra, pensando apenas em como satisfazer seus prazeres momentâneos.
Ademar Batista Pereira, presidente do Sindicato das Escolas Particulares - Sinepe/PR
Mais um texto singelo para reflexões fascinantes da prática docente.
O ponto escuro
Certo dia, um professor entrou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova relâmpago. Todos se sentiram assustados com o teste que viria. O professor entregou então, a folha com a prova virada para baixo, como era de costume...
Quando puderam ver, para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro no meio da folha.
O professor analisando a expressão surpresa de todos, disse:
- Agora vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo.
Todos os alunos, confusos, começaram a difícil tarefa. Terminado o tempo, o professor recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta. Todas, sem exceção, definiram o ponto negro tentando dar explicações por sua presença no centro da folha. Após ler todas, a sala em silencio, ele disse:
- Esse teste não será para nota, apenas serve de aprendizado para todos nós. Ninguém falou sobre a folha em branco. Todos centralizaram suas atenções no ponto negro.
Assim acontece em nossas vidas. Temos uma folha em branco inteira para observar, aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros.
A vida é um presente de DEUS dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado. Temos motivos pra comemorar sempre.
A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá sustento, os milagres que diariamente presenciamos.
No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro. O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um familiar, a decepção com um amigo.
Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente. Pense nisso. Tire os olhos dos pontos negros da sua vida. Aproveite cada benção, cada momento que Deus lhe dá. Creia que o choro pode durar até o anoitecer, mas a alegria logo vem no amanhecer. Tenha essa certeza, tranquilize-se e seja feliz!
(Autor Desconhecido)
Fonte: http://www.otimismoemrede.com/opontoescuro.html
Caros educadores e educadoras, segue o texto retirado do Jornal Virtual para as reflexões necessárias sobre a utilização da net.
A internet é algo quase que onipresente hoje em dia. Você só está lendo estas palavras por causa dela. Portanto, é normal esperar que ela seja assimilada pela educação – seja pelo educador ou pelo educando.
No entanto, as escolas ainda parecem encontrar dificuldades para lidar com a rede. Isto ficou evidente no caso de um colégio particular no Rio de Janeiro (RJ) que suspendeu uma de suas alunas por cinco dias ao descobrir que a menina postou as respostas de uma lição de casa dentro de uma rede social.
A atitude gerou bastante repercussão – incluindo o texto abaixo, escrito pelo professor Hamilton Werneck especialmente para o Jornal Virtual.
E você, o que pensa sobre esta relação escola-internet?
Boa leitura!
A cola, a escola e a internet
Fato recente tomou conta dos noticiários no Brasil acerca de uma escola do Rio de Janeiro que enviava os deveres de casa através da internet. Os alunos que dessem conta de todos os exercícios poderiam ser beneficiados com mais um ponto na média do bimestre. A crise foi iniciada quando a escola descobriu que todas as respostas estavam num site de relacionamento de uma das alunas.
Instalou-se um clima de descontrole. A aluna foi instada a retirar as respostas ou desativar o site. Foi suspensa, segundo a imprensa, por cinco dias e, ainda conforme foi noticiado, enviada para casa no meio do turno escolar, ficando perambulando pelas ruas do Rio de Janeiro sem que a família fosse avisada. A família recorreu a uma delegacia de polícia alegando constrangimento da aluna.
Já comentei em meu blog que a aluna merecia um prêmio pelo uso da ferramenta de comunicação. É muita ingenuidade usar a internet para solicitar que os alunos façam exercícios e esperar que a mesma não seja usada para as respostas. A escola não pode desconhecer o poder da eletrônica. Os alunos nasceram dentro desta era e comunicam-se com uma rapidez quase impossível de ser acompanhada.
O melhor que uma escola pode fazer se quiser usar os meios de comunicação é sugerir que assistam filmes, que discutam com os colegas pelo Twitter alguns assuntos, postando-os nas redes e até enviando desafios acadêmicos para toda a turma da escola, insistindo para que pesquisem, consultem os colegas, troquem experiências e postem os resultados. Os desafios devem ser muito difíceis para criar esse espírito de busca e ousadia do nosso estudante. O erro está em conceder pontuação para este tipo de exercício.
Outra questão mais importante para os estudantes é saber que, sem fazer exercícios, não aprenderão. Exercitar-se é uma das condições indispensáveis para aprender.
Se a aluna foi enviada para casa no meio do turno, então se trata de falta grave por parte da escola, sobretudo diante de uma cidade que não oferece tanta segurança.
Mas, a pergunta fundamental ainda é outra: por que isso ainda ocorre? Por que uma família prefere a delegacia de polícia à coordenação da escola?
Isso ocorre pela falta de estabelecimento de um elo fraterno entre escola e família muito além da assinatura de um contrato de prestação de serviço. Além disso, tanto a escola e os professores precisam ter mais cuidado com as pessoas, quanto as famílias devem desenvolver em seus filhos o respeito pelos mestres e instituições escolhidas para que eles estudem.
Em educação, a relação formal precisa existir, no entanto, a relação afetiva e de confiança será o pano de fundo de toda uma educação de excelência.
Prof. Hamilton Werneck é pedagogo, escritor e conferencista.
Fonte: www.humanaeditorial.com.br
Fonte da imagem: http://blog.maisestudo.com.br/tag/internet/
Reflexões pertinentes ao ofício
Hoje assisti a um vídeo de uma professora trabalhando cidadania com crianças do fundamental menor...poxa, quanta responsabilidade pesa nos ombros de um educador, quanto temos que planejar, ler, intervir, criar e formar nesses pequenos cidadãos. Como somos desvalorizados pelos políticos e pela sociedade.
Médicos podem matar alguém com um erro médico, e uma educação sem qualidade pode matar o futuro de muitos cidadãos brasileiros e gravar na pele e na alma cicatrizes muito cruéis como falta de um trabalho digno, falta de acesso a cultura e cidadania, falta de maturidade pra gerir sua vida e a da família, falta de comida na panela pq não tem educação pra conseguir um emprego melhor...Isso é um crime!
Fortaleza tem resultados vergonhosos na educação e crianças e adolescentes com sequelas graves e futuros comprometidos. Mas isso não é importante, nem a TV aborda a gravidade do problema. Ninguém se importa com esses pequenos brasileiros!
A mídia não divulgou que um dos motivos da nossa greve foi 1/3 do horário de trabalho pra planejamento. Estamos preocupados com os nossos salários porque precisamos alimentar nossos filhos, mas como educadores também estamos preocupados com a educação que se dá e com o cidadão que se pretende formar.
A grande mídia faz questão de esconder o que realmente interessa e continuar mostrando os alunos como coitados sem merenda escolar e os professores como um bando de vândalos. O Capitalismo impera e a prática da consciência crítica, a utópica democracia, o espaço para as discussões, que deveriam de fato importar, não existe.
Vivemos em uma tirania. Tirania na cultura, na moda, nas escolas, nas ideias...quer-se uma massa coesa, morte ao pensamento. Até quando?
Raquel Frota
Olá gestores e educadores,
Meritocracia é o sistema que considera o mérito, o valor, como principal meio para se atingir determinada posição. Na educação, onde este conceito deveria imperar, não é bem o que se constata, principalmente no Brasil. O texto abaixo, escrito pela professora Wanda Camargo exclusivamente para o Jornal Virtual, descreve um pouco desta triste situação. E você, o que pensa? Acha que a meritocracia existe ou não na educação brasileira?
Boa leitura!
Méritos e preconceitos
Pode-se considerar preparada para fazer suas próprias escolhas de vida e exercer cidadania toda pessoa de presumível maturidade, que domine fundamentos das ciências naturais e sociais, que saiba ler e escrever e que tenha condições operacionais de uso da aritmética. Tal pessoa não terá necessidade de ser guiada por nenhum gênio de plantão e a função do ensino básico é proporcionar aos alunos tais condições; educar também é, e deve ser sempre, libertar.
O mesmo ocorre nos demais níveis educacionais. Educação pública ou privada custa caro ao país e à sociedade para ser desviada do seu real objetivo. Educação é a verdadeira perspectiva de justiça social para milhões de brasileiros, condição indispensável para o desenvolvimento do país e o acesso à educação superior é o coroamento deste processo.
O chamado tripé da educação superior é constituído por ensino, pesquisa e extensão. São partes relevantes de algo muito importante: pesquisa, quando feita seriamente, é a garantia do futuro de uma nação; extensão é democracia, a abertura para a comunidade das benesses da universidade. Mas é o ensino que encerra em si quase toda esperança depositada pela sociedade na academia, os recursos gastos, o tempo, o labor, a dedicação dos professores, estudantes e familiares na procura por conhecimento, reconhecimento, empregabilidade e melhoria de vida.
E para que isso seja alcançado é crucial que se tenha em mente uma palavra, um verdadeiro palavrão para alguns: resultados. É impossível que se faça qualquer coisa em qualquer área ignorando os objetivos que se almeja, e educação, como todas as instituições, deve ser avaliada, fiscalizada, cobrada. Toda a sociedade paga por ela e merece retorno em forma de qualidade, de estudantes bem formados, de um país melhor.
Há uma enorme resistência quando se fala em avaliar educação, educandos e educadores. Qualquer proposta de analisar métodos e resultados nesta área gera acusações ao proponente de ser “positivista”, “fordista-taylorista” ou coisa pior; de fato, as teorias e métodos de Taylor, Fayol e Ford estão superados, mas tiveram o seu momento e a sua relevância.
A produção artesanal anterior à 1ª revolução industrial era, talvez, mais “humana”, o trabalhador tinha participação e controle em todas etapas, da obtenção da matéria prima à comercialização, podia dizer que o resultado de seu trabalho era totalmente de sua lavra. Os objetos produzidos eram o que hoje caracterizamos quase como obras de arte, únicos, individuais; o senão era a pequena escala produtiva, que os encarecia e restringia sua posse a poucos privilegiados, não esquecendo que o ingresso nas corporações de artesões seguia protocolos que enrubesceriam até mesmo os mais nepotistas.
Os processos industriais, como a linha de montagem de Henry Ford, possibilitaram que a maioria de pessoas tivesse acesso a bens de consumo, mais do que em qualquer outro momento da História.
Embora o mero consumo não traga felicidade, é evidente que o mundo seria mais limpo e silencioso com menos automóveis e que são muitas as injustiças sociais decorrentes da industrialização. Que atire a 1ª pedra quem tiver coragem de dizer isso ao cidadão que finalmente consegue comprar o seu primeiro carro; ou quem puder afirmar que os servos feudais viviam em condições comparáveis às dos trabalhadores modernos.
Carregamos, é verdade, a má consciência de uma das piores distribuições de renda do Ocidente, e relutamos em adotar melhorias que impliquem em uma atribuição madura de responsabilidades. Em função de um socialismo utópico que nunca conhecemos na prática, adquirimos ojeriza à meritocracia. A ideia de que alguém possa responder por seus atos, ser premiado por seus esforços ou punido por seus erros parece um crime de lesa pátria. A mudança de alguns velhos paradigmas certamente traria benefícios ao processo educacional.
Texto de Wanda Camargo, presidente da Comissão do Processo Seletivo das Faculdades Integradas do Brasil – UniBrasil. E-mail:assessoria@unibrasil.com.br