Segue logo
abaixo as apresentações em power point
referentes as aulas do dia 27/11/2012 para as turmas dos 2ºs anos dos cursos de
Informática e Enfermagem da EEEP de Aracati.
O
conteúdo refere-se as escolas literárias do Parnasianismo e Simbolismo.
Espero
que a dica seja valiosa na hora de intensificar os estudos.
Professora Marília Costa- professora de Língua Portuguesa
A seguir o material referente ao conteúdo Simbolismo
ATENÇÃO!
Turmas dos 3ºs anos da EEEP Elsa Maria Porto Costa Lima
No link abaixo você terá acesso ao livro Mensagem de Fernando Pessoa
Chegou o período de férias e o que fazer? Que tal viajar, fazer uma
viagem diferente das outras, viajar por mundos e dimensões
desconhecidas? É isso que acontece quando lemos, saímos em uma
surpreendente viagem cheia de aventuras onde exploramos outros
universos.
A melhor época para ler é durante as férias, pois temos mais tempo e menos preocupações. Considerando as turmas de pré-universitários, as atividades propostas abaixo reforçam a importância do hábito da leitura, além de ampliar o universo literário dos alunos, associando esta atividade com a produção textual.
Seguem logo abaixo as atividades referentes ao período de férias.
ATIVIDADE DIRECIONADA A TURMA DE ENFERMAGEM
clique no link abaixo da imagem
PRAZO FINAL DE ENVIO: 25 DE JULHO DE 2012
ENDEREÇO: diariodeleitura@gmail.comFORMATAÇÃO DO TRABALHO
Formatação do papel: A4.
Margens: Superior e direita: 3 cm;
Inferior e esquerda: 2 cm.
Tipo da letra no Word: Arial ou Times New Roman.
Tamanho da letra no Word para digitação de títulos de seções e parágrafos: 12.Tamanho da letra no Word para digitação de citações longas: tamanho é 10.
Espacejamento para o texto: 1,5.
ATIVIDADE DIRECIONADA A TURMA DE TURISMO
clique no link abaixo da imagem
PRAZO FINAL DE ENVIO: 25 DE JULHO DE 2012
ENDEREÇO: diariodeleitura@gmail.comFORMATAÇÃO DO TRABALHO
Formatação do papel: A4.
Margens: Superior e direita: 3 cm;
Inferior e esquerda: 2 cm.
Tipo da letra no Word: Arial ou Times New Roman.
Tamanho da letra no Word para digitação de títulos de seções e parágrafos: 12.
Tamanho da letra no Word para digitação de citações longas: tamanho é 10.
Espacejamento para o texto: 1,5.
ATIVIDADE DIRECIONADA A TURMA DE INFORMÁTICA
clique no link abaixo da imagem
PRAZO FINAL DE ENVIO: 30 DE JULHO DE 2012
ENDEREÇO: diariodeleitura@gmail.comFORMATAÇÃO DO TRABALHO
Formatação do papel: A4.
Margens: Superior e direita: 3 cm;
Inferior e esquerda: 2 cm.
Tipo da letra no Word: Arial ou Times New Roman.
Tamanho da letra no Word para digitação de títulos de seções e parágrafos: 12.
Tamanho da letra no Word para digitação de citações longas: tamanho é 10.
Espacejamento para o texto: 1,5.
ATIVIDADE DIRECIONADA A TURMA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
clique no link abaixo da imagem
http://www.webquestbrasil.org/criador2/webquest/soporte_horizontal_w.php?id_actividad=13420&id_pagina=1 |
PRAZO FINAL DE ENVIO: 30 DE JULHO DE 2012
FORMATAÇÃO DO TRABALHO
Formatação do papel: A4.
Margens: Superior e direita: 3 cm;
Inferior e esquerda: 2 cm.
Tipo da letra no Word: Arial ou Times New Roman.
Tamanho da letra no Word para digitação de títulos de seções e parágrafos: 12.
Tamanho da letra no Word para digitação de citações longas: tamanho é 10.
Espacejamento para o texto: 1,5.
24/02/2012
Olá pessoal, estamos disponibilizando o link do livro O nome da Rosa em PDF para vocês. Boa leitura!
Segue o material da aula sobre Concordância Nominal e Verbal para as turmas de 3º ano da EEEP Elsa Maria Porto Costa Lima. Vamos intensificar os estudos de nossa língua materna, pois o ENEM está chegando. Fiquem de olho!
Após a manhã literária, desta última sexta-feira dia 02/09, segue uma resenha do filme exibido para os alunos dos 1º anos da EEEP Elsa Maria P. C. Lima.
Boa leitura!
RESENHA: 1492 - A Conquista do Paraíso
Superando as barreiras
Superando as barreiras
Um dos grandes desejos da humanidade sempre foi o de transpor barreiras, principalmente aquelas que pareciam fadadas a perdurar, a existir para sempre, impossíveis de serem derrubadas. Quando as cidades italianas dominavam o Mar Mediterrâneo, entre o final da Idade Média e o início da modernidade, e de forma inclemente impediam as demais nações européias em formação de trafegar por essa região, parecia aos homens de então que superar os medos, os mitos, as distâncias e o poder dos árabes (e de seus aliados italianos) era algo tão distante e inatingível quanto chegar a Lua.
O que os fazia superar todas as dificuldades era o ardente desejo de atingir as fontes das tão badaladas especiarias (cravo, canela, gengibre, pimenta do reino, noz moscada,...) e, dessa forma, garantir para seus próprios reinos, fortunas incalculáveis provenientes do comércio desses produtos em terras européias.
Portugueses, espanhóis, ingleses e franceses não tinham idéia de como seu empenho iria mudar a face do planeta. A América era ainda uma terra desconhecida, povoada por diversos grupos indígenas, alguns dos quais vivendo em níveis civilizacionais muito evoluídos (como os Astecas ou os Incas), outros (entre os quais se incluem os grupos que viviam no Brasil), segundo relatos dos próprios europeus que aqui chegaram no início do século XVI, pareciam viver no Paraíso Terrestre (o Éden).
A envergadura de tão grandiosa conquista ganhou em 1992, em virtude da comemoração mundial em torno dos 500 anos do "descobrimento" da América, um filme da autoria do diretor inglês Ridley Scott (responsável por filmes cultuados como "Os Duelistas", "Blade Runner" e "Gladiador").
Uma das grandes qualidades dos trabalhos de Ridley Scott é o apuro visual com que realiza suas obras, caracterizadas por efeitos visuais de primeira qualidade, locações que tentam nos passar uma idéia clara do ambiente em que ocorreram os acontecimentos, figurinos baseados em pesquisas aprofundadas sobre os padrões de vestuário do período e reprodução de objetos e artefatos característicos das épocas que procura apresentar em seus filmes.
Com as atenções internacionais voltadas para o produto final de seu trabalho, Scott fez com que "1492 - A conquista do Paraíso" viesse a ser um épico de grandes qualidades, principalmente nos quesitos em que é mestre (figurino, locações, reprodução de época,...). Além disso, contou com o apoio da música de Vangelis para dar uma aura mais clara de vitória, conquista e êxtase, assim como de religiosidade, a chegada de Colombo a América.
A atuação de Gerard Depardieu como Colombo é convincente, assim como a história que nos é contada. Tudo começa com a grande luta que o navegador teve que empreender para conseguir o apoio necessário para realizar sua viagem, sofrendo restrições por parte dos religiosos, enfrentando o desdém dos políticos e a indiferença dos comerciantes. Somente com o apoio do banqueiro Santangél e da rainha Isabel da Espanha (protagonizada por Sigourney Weaver, um tanto quanto deslocada no papel) foi possível reverter sua perspectiva e permitir que ele viesse a escrever seu nome na eternidade.
O grande mérito do filme reside em nos colocar lado a lado com a trajetória de Cristóvão Colombo, acompanhando-o nas caravelas, sofrendo com ele os reveses de uma viagem longa e desgastante e triunfando com o desembarque em terras americanas em 1492. A seqüência da chegada é deslumbrante, os homens se jogando ao chão, os passos de Colombo, as cores das bandeiras e os sons que acompanham esse momento permitem-nos entender como foi grandioso esse acontecimento (a magia do cinema reside em dar ao espectador a oportunidade de vivenciar situações como a da chegada dos europeus na América, dando a esse momento um certo glamour, uma sensação de realização, de grandiosidade; se pudéssemos estar vendo Colombo no instante em que desembarcou, provavelmente ficaríamos desapontados, faltariam os quesitos que tornam os filmes tão charmosos e encantadores).
Como a história dos homens é marcada por vitórias e derrotas, os momentos de sofrimento e humilhações também aparecem no filme. Colombo passou rapidamente de homem festejado a inimigo do estado, seus méritos como navegador foram considerados como indiscutíveis, porém, sua capacidade como administrador deixou muito a desejar. Seus projetos em terras americanas foram grandes fracassos e, as despesas que realizou tornaram-no indesejado na corte espanhola.
Como aula de história o filme funciona bem, cabe ao professor destacar os aspectos relacionados à liberdade artística e a capacidade de criação de diretores, atores e roteiristas de forma a mostrar que, por mais que se tente reproduzir da forma mais aproximada possível um longa-metragem e um acontecimento histórico, muitas são as diferenças e as lacunas não preenchidas.
Além do mais, na análise da história, muitas são as interpretações e várias foram às obras produzidas sobre cada tema. Vale a pena ver, mas, deve-se ter em mente a necessidade de procurar e ler material de apoio para comparar as imagens com o que foi escrito!
João Luís Almeida Machado
Mestre em Educação, Arte e História da Cultura (Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo);
Professor universitário atuando na Faculdade Senac em Campos do Jordão; Professor de Ensino Médio e
Fundamental em Caçapava, SP; Editor do Portal Planeta Educação
Ficha Técnica
1492, A Conquista do Paraíso
(1492, Conquest of Paradise)
(1492, Conquest of Paradise)
País/Ano de produção:- EUA/Fra/Esp, 1992
Duração/Gênero:- 140 min., drama/épico/aventura
Disponível em vídeo e DVD
Direção de Ridley Scott
Roteiro de
Elenco (vozes):- Gérard Depardieu, Sigourney Weaver, Armand Assante,
Fernando Rey, Angela Molina, Tcheky Karyo.
Duração/Gênero:- 140 min., drama/épico/aventura
Disponível em vídeo e DVD
Direção de Ridley Scott
Roteiro de
Elenco (vozes):- Gérard Depardieu, Sigourney Weaver, Armand Assante,
Fernando Rey, Angela Molina, Tcheky Karyo.
Fonte disponível em: http://www.planetaeducacao.com.br/new/colunas2.asp?id=9 Acesso em 03/03/07
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Durante o 3º bimestre, os alunos da EEEP Elsa Maria Porto terão como nota mensal em Língua Portuguesa a produção individual de texto a partir dos temas sugeridos abaixo.
Vale destacar com o prazo final de entrega das produções – 26/09/2011.
Então, vamos aos temas!
TEMA 01: Que fazer para a Copa do Mundo de 2014 beneficiar o Brasil?
Desde 2007, quando a FIFA anunciou o Brasil como sede oficial da Copa do Mundo de 2014, a polêmica começou: estamos preparados para sediar um evento mundial desse porte? Será que tanto investimento valerá a pena? Mesmo diante das controvérsias, o brasileiro tem acompanhado com ansiedade os preparativos para essa grande festa do esporte que acontecerá daqui a três anos: construção e reforma de estádios, obras de infraestrutura... Apesar de muita gente ser contra a Copa no Brasil, esse é um fato já decidido. Assim, o necessário agora é descobrir a melhor forma de fazer a Copa do Mundo de 2014 ser proveitosa para a economia e a sociedade brasileira. Por isso, queremos saber sua opinião para a seguinte questão: O que deve ser feito para que a Copa do Mundo de 2014 traga bons frutos ao país? Elabore um texto dissertativo, que responda à questão acima. Leia os textos da coletânea e aproveite as informações que achar relevantes.
Bate-bola: jogo rápido
Quanto o país vai gastar para receber o evento?
Calcula-se que o Mundial de Futebol do Brasil consumirá 5 bilhões de dólares, embora as estimativas finais, quando anunciadas, devam prever cifras bem maiores. Foi o que aconteceu nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Inicialmente orçados em 500 milhões de reais, estima-se que tenham consumido 4 bilhões de reais. Poucos países podem fazer como os Estados Unidos, que organizaram uma Copa do Mundo (em 1994) e duas Olimpíadas (em 1984 e 1996) sem um centavo de ajuda do erário. Isso porque toda a infra-estrutura estava pronta. Na Alemanha, o setor público (local ou federal) financiou um terço dos 2 bilhões de dólares gastos nas obras nos estádios.
De onde sairá o dinheiro para bancar as despesas?
No caso da Copa no Brasil, parte da verba virá dos cofres da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), beneficiária dos polpudos patrocínios da seleção brasileira. Mas os gastos com infra-estrutura nas cidades onde acontecerão os jogos – construção de estádios, obras em estradas, aeroportos e sistemas de telecomunicações – correrão por conta do estado, ou seja, serão bancados com dinheiro público.
Quais as justificativas para o governo investir na Copa?
Os argumentos a favor dos gastos públicos com a Copa do Mundo no Brasil dizem que o certame trará empregos, aumentará o fluxo turístico, promoverá a revitalização de áreas urbanas e garantirá investimentos de peso no país.
Qual é o retorno para o país depois do torneio?
As estimativas sobre número de turistas, geração de empregos e impacto do evento sobre o PIB em geral são exageradas. Levantamentos dão conta de que em 1994 os EUA aumentaram em 1,4% o PIB; em 1998, na França, o PIB cresceu 1,3% a mais; em 2002, a Coréia o elevou em 3,1% enquanto o Japão teve decréscimo de 0,3%; e a Alemanha teve 1,7% a mais no PIB em 2006. Mas antes do Mundial da Alemanha, falou-se na criação de 100.000 empregos. Um estudo feito depois do evento contabilizou apenas metade desse total. A Coréia do Sul esperava 500.000 turistas a mais em 2002. Só apareceram 50% deles.
Prós e contras
Vale a pena o Brasil sediar a Copa de 2014?
Sim
Estima-se que o governo irá investir mais de 20 bilhões de reais em infraestrutura para receber a Copa de 2014. Somando os recursos diretos ou indiretos da iniciativa privada, o total deve chegar a 183 bilhões de reais. O dinheiro será distribuído em áreas como transportes, segurança e cultura, para que habitantes e turistas convivam em cidades mais confortáveis e funcionais.
O Brasil passará a ter 12 estádios modernos, equiparáveis aos melhores do mundo, com mais comodidade e segurança para os torcedores. Na Alemanha, após a Copa de 2006, a frequência média nos estádios subiu para 90% da lotação. E as arenas poderão atrair eventos como shows internacionais a estados como Mato Grosso, geralmente fora desse circuito.
Pelo menos 600 mil estrangeiros devem visitar o país, número que pode ser ainda maior considerando as facilidades que nossos vizinhos sul-americanos têm para entrar aqui. Além disso, o fluxo de turismo nacional deve mover mais de 3 milhões de brasileiros. Quanto mais turistas, mais dinheiro entra para os cofres públicos na forma de impostos.
A previsão é que mais de 700 mil postos de trabalho sejam gerados, cerca de 330 mil empregos permanentes. Já há programas de capacitação de profissionais para atuar em várias áreas, da construção civil à hotelaria. O aquecimento da economia deverá impactar nosso Produto Interno Bruto (PIB) até 2014. No ano da Copa, o evento deve gerar cerca de 2% das receitas nacionais.
Não
Temos um histórico de obras superfaturadas. A Vila do Pan-Americano do Rio, por exemplo, foi superfaturada em 1,8 milhão de reais, segundo relatório de 2009. Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), já foi acusado pelo Ministério Público de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. E ele também preside o Comitê Organizador da Copa de 2014.
Ocupando a 73ª posição mundial no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e com quase 10% da população analfabeta, o Brasil poderia usar os 20 bilhões de reais a ser investidos na Copa para solucionar demandas mais urgentes, em áreas como educação e saúde pública. Com esse montante, seria possível, por exemplo, construir mais de 400 hospitais-escolas.
Ainda há dúvidas sobre a capacidade do país de oferecer segurança aos turistas, aos atletas e à própria população. Os embates entre policiais e traficantes no Rio em novembro tiveram ampla repercussão negativa. Caso o país não seja capaz de garantir tempos de paz nas cidades-sedes, poderá queimar sua imagem no exterior e até perder o direito de realizar a Olimpíada de 2016.
O enorme fluxo turístico poderá provocar um caos aéreo. Segundo a Infraero, das obras em 13 aeroportos considerados estratégicos para a Copa, seis não estarão concluídas até lá. Embora a estatal garanta que será possível atender à demanda, um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da USP, diz que voos atrasados ou cancelados poderão chegar a 43,9% em 2013.
Fontes: Celso Unzelte, jornalista, pesquisador e apresentador do programa Loucos por Futebol (ESPN); Roberto Assaf, escritor e colunista do LANCE!; Ministério do Turismo; Ministério do Esporte; Comitê Organizador da Copa de 2014; Infraero; PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2010.
Com base nos textos acima, elabore sua redação sobre o tema : Que fazer para a Copa do Mundo de 2014 beneficiar o Brasil?
Observações
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
Não deixe de dar um titulo à sua redação.
TEMA 02: Norma culta X variantes linguísticas: qual deve ser a posição da escola?
Qualquer um, mesmo sem nunca ter passado pela escola, sabe que não pode falar sempre do mesmo jeito com todas as pessoas, pois, até mesmo entre os familiares, cada relação está marcada por um nível diferente de formalidade. A linguagem que usamos às vezes é mais informal, às vezes é mais séria, impessoal. Nessas situações menos pessoais, a norma culta é a mais adequada para garantir um contato respeitoso e mais claro entre os indivíduos. Por isso, quando o falante consegue variar a linguagem, adequando o nível de formalidade a suas intenções, à situação e à pessoa com quem fala, dizemos que ele possui boa competência linguística. O conhecimento das variedades linguísticas amplia nossas possibilidades de comunicação, mas é a norma culta que garante a manutenção de uma unidade linguística ao país.
Com base nos textos da coletânea a seguir, elabore uma dissertação argumentativa sobre o tema: considerando que a norma culta é variante mais valorizada socialmente, qual deve ser a posição da escola em relação às outras variantes linguísticas?
Qualidades e valores
Estão confundindo um problema de ordem pedagógica, que diz respeito às escolas, com uma velha discussão teórica da sociolinguística, que reconhece e valoriza o linguajar popular. Esse é um terreno pantanoso. Ninguém de bom-senso discorda de que a expressão popular tem validade como forma de comunicação. Só que é preciso que se reconheça que a língua culta reúne infinitamente mais qualidades e valores. Ela é a única que consegue produzir e traduzir os pensamentos que circulam no mundo da filosofia, da literatura, das artes e das ciências. A linguagem popular a que alguns colegas meus se referem, por sua vez, não apresenta vocabulário nem tampouco estatura gramatical que permitam desenvolver ideias de maior complexidade - tão caras a uma sociedade que almeja evoluir. Por isso, é óbvio que não cabe às escolas ensiná-la. [Evanildo Bechara, gramático e filólogo, em entrevista a revista Veja, 29 de maio de 2011]
Samba do Arnesto
O compositor Adoniran Barbosa usava a norma popular da língua portuguesa em suas canções.
“Menas: o certo do errado e o errado do certo”
A ideia é provocadora e reflete um debate bem atual. Em cartaz desde 16 de março no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, a exposição "Menas: o certo do errado, o errado do certo", tem a proposta manifesta de homenagear a variante popular do idioma no Brasil.
A exposição, que fica no museu até 27 de junho, começa na estação de metrô Luz, onde cerca de trinta banners trazem frases com os chamados tropeços comuns no português falado no Brasil, de "A nível de língua, ninguém sabe tudo" a "Ele vai vim para a festa". O objetivo é fazer o visitante refletir sobre a normatização na língua, antes mesmo de chegar às dependências do museu.
Lá dentro, sete instalações convidam o visitante a lidar sem preconceito com as formas em uso no português brasileiro. O próprio título da mostra soa como provocação, brincando com a variante do advérbio "menos", por princípio invariável.
“A exposição, de maneira divertida, mostra por que saímos do padrão culto muitas vezes sem nos darmos conta”, explica Antonio Carlos de Moraes Sartini, diretor do museu.
Segundo Sartini, o objetivo é mostrar que os brasileiros "não falamos nem mais nem menos fora do padrão culto que italianos, americanos e franceses", e todo idioma tem variações que são usadas em certas situações e para diferentes públicos. [Revista Língua]
Pertinente, adequado e necessário
(...) Darwin nunca disse em nenhum lugar de seus escritos que “o homem vem do macaco”. Ele disse, sim, que humanos e demais primatas deviam ter se originado de um ancestral comum.(...) Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua. O que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas entenderem é que defender uma coisa não significa automaticamente combater a outra. Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los ao mundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento.
Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso é para eu tomar?”, porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo” e os que falam “errado”, é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles - se julgarem pertinente, adequado e necessário - possam vir a usá-la.
[Marcos Bagno, escritor e lingüista, na revista Carta Capital]
Mestiçagens da língua
Quando em 1727 o rei de Portugal proibiu que no Brasil se falasse a língua brasileira, a chamada língua geral, o nheengatu, é que começou a disseminação forçada do português como língua do País, uma língua estrangeira. O português formal só lentamente foi se impondo ao falar e escrever dos brasileiros, como língua de domínio colonial, tendo sido até então apenas língua de repartição pública. A discrepância entre a língua escrita e a língua falada é entre nós consequência histórica dessa imposição, veto aos perigos políticos de uma língua potencialmente nacional, imenso risco para a dominação portuguesa.
[José de Souza Martins, cientista social, professor emérito da Universidade de São Paulo, em O Estado de S. Paulo]
Observações
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
TEMA 03: Justiça x Vingança: como não confundir as duas coisas?
Grande comemoração ocorreu nos Estados Unidos, quando o presidente, Barack Obama, anunciou o sucesso da ação militar que resultou na morte de Bin Laden. Esse episódio, porém, gerou críticas pelo mundo: o objetivo da operação era prender ou executar o inimigo? Os americanos buscavam justiça ou vingança? A vingança é uma prática que acompanha a história da humanidade, mas é diferentemente interpretada: alguns a defendem como necessária à constituição da justiça; outros a consideram um ato irracional. Ela pode provocar um círculo vicioso, como provam os atentados terroristas que geraram a caçada a Bin Laden, que já gerou novos ataques terroristas. Vingança e justiça são coisas distintas. A lei brasileira preza a separação desses conceitos, recriminando o ato vingativo.
Com base nisso e nos textos da coletânea, exponha seu ponto de vista em uma dissertação argumentativa sobre o tema: o que deve ser feito para a busca por justiça não ser confundida com a prática da vingança?
Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:
Justiça e vingança na Constituição brasileira
"A ideia de justiça está presente no preâmbulo da Constituição Federal brasileira, que diz:Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil.
[...] A República Federativa do Brasil se fundamenta, também, na ideia de não discriminação, na ideia de solidariedade e, sobretudo na ideia de justiça social. [...] Os constitucionalistas, século XVIII e XIX, e as constituições do pós-guerra procuraram evitar a ideia de vingança. Vingança que já havia sido proibida até mesmo em Roma! A vingança passou a não ser mais tolerada e foi substituída pelas cláusulas do devido processo legal. [...] Então, quando se fere alguém, resultando em morte, lesão corporal, etc., a resposta da sociedade se faz pela aplicação desta cláusula do devido processo, que não significa vingança, significa que a sociedade reage contra o mal. Por isso que a vingança foi mesmo sepultada e em seu lugar foi implantada a democracia do processo." [Blog Justiça e Vingança]
De olho no lance
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com a equipe responsável pela Segurança nacional, assiste à operação que resultou na morte de Bin Laden.
Motivo
"Os homens apressam-se mais a retribuir um dano do que um benefício, porque a gratidão é um peso e a vingança, um prazer".
[Tácito, historiador romano, que viveu entre 55 d.C. - 120 d.C]
[Tácito, historiador romano, que viveu entre 55 d.C. - 120 d.C]
Feio, mas humano
Para especialistas, a alegria pelo fim de Bin Laden foi uma manifestação de alívio pela derrota de um inimigo ameaçador.
Alguns americanos celebraram o assassinato de Osama bin Laden com grande estardalhaço, promovendo uma verdadeira festa nas ruas. Outros ficaram muito incomodados - não com o assassinato, mas com a celebração.
[...] Nos blogs e nos fóruns da rede, algumas pessoas perguntaram: o fato de nos vingarmos e ainda glorificarmos o próprio feito não faz com que pareçamos iguais aos terroristas? Os cientistas sociais dizem que a resposta é não: isso faz com que pareçamos seres humanos. Num grande número de pesquisas, realizadas tanto dentro de laboratórios quanto no mundo exterior, psicólogos mostraram que o desejo de vingança é um critério relevante para medir como uma sociedade enxerga a seriedade de um crime e a possível ameaça maior que quem o cometeu possa representar.
[...] Tratou-se de um momento de puro extravasamento existencial", disse Tom Pyszcynski, psicólogo social da Universidade do Colorado, que estudou as reações ao 11/9. "Derrotar um inimigo que ameaça nossa visão de mundo, os próprios valores que acreditamos serem capazes de nos proteger, é a maneira mais rápida de acalmar a ansiedade existencial." [Benedict Carey, do The New York Times, em O Estado de S. Paulo]
Cine Vingança
[...] Se existe um lugar no mundo onde se vingar é permitido, este lugar se chama Set de Filmagens. Lá, qualquer esforço é pouco para que a vingança seja realizada com sucesso, e ver um vilão pagando pelo mal que fez não tem preço. Há quem diga que a vingança é um prato que se come frio, mas no cinema, comemos com pipoca. E quem nunca vibrou com uma boa cena de vingança, que atire a primeira pedra? Mas cuidado com o monitor! [Blog Sedentário & Hiperativo]
O terror contra-ataca
A milícia que protegeu o mentor do 11 de Setembro e a rede criada pelo terrorista mais famoso da história já deram início à sua campanha de vingança pela morte de Osama bin Laden nesta sexta-feira. O Talibã atacou no Paquistão, matando pelo menos 80 pessoas em atentados suicidas cometidos contra um centro paramilitar da polícia na região noroeste do país. O atentado foi reivindicado pelos talibãs como sua primeira ação de vingança por Osama. [Revista Veja]
Impotência, ressentimento e desespero
O que Nietzsche chama espírito de vingança é a manifestação concentrada do sentimento de impotência, ressentimento e desespero que tantas vezes se apodera daqueles a quem a própria vida é negada. [...] A vingança leva apenas à negação e à destruição. Em nossa sociedade, a forma mais concentrada e caricatural da vingança é o terrorismo. Qual o resultado do terrorismo? A exacerbação da própria violência contra o qual o terrorismo pretende se voltar e a formação de um círculo vicioso que, caso não seja rompido, pode levar a humanidade à autodestruição. [Rodrigo Dantas, doutor em Filosofia pela UFRJ, em entrevista à Revista do Instituto Humanitas Unisinos]
Observações
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
Não deixe de dar um titulo à sua redação.
TEMA 04: O conflito entre gerações e a convivência social
A convivência entre diferentes é, quase sempre, um problema. Isso também ocorre quando a diferença envolve faixa etária, uma vez que grupos de variadas gerações podem possuir valores e interesses muito distintos. O jovem, por exemplo, visto muitas vezes como um "rebelde sem causa", que age de modo inconsequente e tanto desafia os limites de instituições tradicionais, como a família e a escola, é, por outro lado, o mesmo que tem sido caracterizado historicamente como um revolucionário, aquele que se levanta contra uma situação estabelecida. São também os representantes das novas gerações, mais adaptadas às mudanças tecnológicas, que têm promovido grandes avanços nas relações de trabalho do mundo contemporâneo.
Pensando nisso, questionamos: Como se caracteriza o convívio social entre gerações atualmente no Brasil e no mundo? Leia os textos da coletânea e desenvolva o tema proposto em uma dissertação argumentativa em prosa.
Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:
Transformação recíproca
As relações intergeracionais permitem a transformação e a reconstrução da tradição no espaço dos grupos sociais. A transmissão dos saberes não é linear; ambas as gerações possuem sabedorias que podem ser desconhecidas para a outra geração, e a troca de saberes possibilita vivenciar diversos modos de pensar, de agir e de sentir, e assim, renovar as opiniões e visões acerca do mundo e das pessoas. As gerações se renovam e se transformam reciprocamente, em um movimento constante de construção e desconstrução.
[Adaptado de Maria Clotilde B. N. M. de Carvalho, Diálogo intergeracional entre idosos e crianças. Rio de Janeiro. PUC-RJ, 2007, p 52.]
[Adaptado de Maria Clotilde B. N. M. de Carvalho, Diálogo intergeracional entre idosos e crianças. Rio de Janeiro. PUC-RJ, 2007, p 52.]
Intervalo mais curto
Durante muitas décadas, definiu-se geração como sendo aquela que sucedeu a seus pais. Portanto, “calculava-se como sendo uma geração o tempo de 25 anos”, diz o educador Mário Sérgio Cortella. “A questão é que, nos últimos 50 anos, nós tivemos uma aceleração do tempo, do modo de fazer as coisas, do jeito de produzir. A tecnologia é decisiva para criar marcas de tempo”, completa Cortella. O intervalo entre uma geração e outra ficou mais curto. Hoje, já se pode falar em uma nova geração a cada dez anos. Isso significa que mais pessoas diferentes estão convivendo em casa, na escola, no mercado de trabalho.
Para conhecer as gerações que, hoje, são colegas de trabalho, nós agora vamos voltar na linha do tempo. Nos acontecimentos de cada época, está a chave para entender a cabeça de cada geração.
Para conhecer as gerações que, hoje, são colegas de trabalho, nós agora vamos voltar na linha do tempo. Nos acontecimentos de cada época, está a chave para entender a cabeça de cada geração.
Geração "baby boomers"
Chegamos à metade dos anos 40. Terminou a Segunda Guerra Mundial, e nasceu uma geração. Nos Estados Unidos, com a volta dos soldados para casa, muitas mulheres engravidaram. Houve um "boom" de bebês. Por isso, a geração que aí começou é chamada de "baby boomers". “Uma geração que disse ‘eu não quero mais a guerra, eu quero a paz, eu quero o amor’”, afirma Eline Kullock, presidente do Grupo Foco.
Geração X
Geração X
Regime militar no Brasil. Segunda metade dos anos 60. Década de 70. O Brasil vivia censurado pela Ditadura, mas um pouco depois, na década de 80, eram jovens e assistiam às Diretas Já. É a geração X. Quem é da geração X conheceu a Aids e ficou com medo dela, que levou Cazuza. Pintou a cara para derrubar o presidente. Viu a tecnologia entrar de vez em casa. Pagou com cruzeiro, cruzado, cruzado novo.
Geração Y
Geração Y
A geração seguinte cresceu num país que já era uma democracia e uma economia aberta. Nos anos 90, o Brasil foi melhorando e sendo respeitado depois do plano Real, e a internet abriu as portas do mundo para a geração Y.
“Esse é um profissional mais voltado para ele, para o prazer. Ele não quer um trabalho sisudo, um trabalho fechado. Ele não quer um chefe que diga para ele somente o que ele deve fazer, ele quer participar”, diz Eline. [Adaptado de entrevista do educador Mário Sérgio Cortella ao Jornal da Globo]
Sinergia
A experiência e a possível maturidade dos "mais velhos", somadas ao volume de informações e o expertise dos "mais novos" no manejo das tecnologias dos nativos digitais, têm sido responsáveis por resultados expressivos e pela capacidade de inovação de algumas organizações. Por outro lado, a falta dessa coexistência sinérgica leva a uma perda de energia e de recursos que impacta de forma negativa os resultados... O desafio é entender estes diferentes códigos, buscar os pontos de convergência, trabalhar no sentido da complementaridade entre as diferentes gerações, identificando onde e como cada geração poderá contribuir mais e melhor... Por que tão injusto quanto tratar pessoas iguais de forma diferente será tratar pessoas diferentes de forma igual.
As afirmações são de Denize Dutra, Mestre em Administração Pública pela EBAPE - FGV, Psicóloga Organizacional com Pós-Graduação em Gestão Empresarial e Educação, Coordenadora do MBA Gestão de Pessoas e Professora da FGV MANAGEMENT. [Administradores]
O mundo é isso mesmo
De vinte em vinte anos
Aparece no mundo uma nova geração
Mas de quarenta em quarenta
É que todas as coisas se repetem
Por isso não tenha medo
Quando sua filha é tão maluca quanto a sua mãe
Quem sabe os seus netinhos não vão ser
Tão caretas quanto você
[...]
O mundo é isso mesmo
O mundo é isso mesmo
A vida é isso mesmo
O dia de anteontem é
Igual ao dia de agora
É tudo desse jeito
E na natureza
Nada se cria
Tudo se transforma
De vinte em vinte anos
Aparece no mundo uma ideia nova
Mas de quarenta em quarenta
É que todas as ideias se repetem
[...]
[Zé Rodrix - Letra da Música “Gerações”]
[Zé Rodrix - Letra da Música “Gerações”]
Observações
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
Não deixe de dar um titulo à sua redação.
TEMA 05: É possível prevenir massacres como o da escola de Realengo?
Em abril, o Brasil ganhou destaque internacional devido a um crime semelhante a outros já ocorridos mundo afora. O chamado massacre de Realengo chocou o país, principalmente por vitimar crianças dentro de um espaço de crescimento e proteção. Também provocou discussões sobre as causas da atitude do atirador: genética, religião, doenças mentais, bullying. Não faltaram opiniões sobre medidas preventivas a tomar: proibição do porte de armas no país, instalação de detector de metais nas escolas, criação de programas de saúde pública para casos de distúrbios mentais. Passado o primeiro impacto, no entanto, especialistas começam a atribuir o comportamento do atirador a um conjunto de fatores (e não a apenas um), o que também pediria um conjunto de soluções.
Como você avalia esse tipo de crime? Leia a coletânea e elabore uma dissertação argumentativa em prosa, discutindo as causas de chacinas escolares e possíveis medidas preventivas.
Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:
Tiros em Realengo
Wellington Menezes de Oliveira fez mais de 60 disparos com um revólver calibre 38 contra os alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira. Durante o ataque, anteontem (07 de abril), ele recarregou a arma nove vezes, diz a polícia.
O atirador, que matou 12 estudantes, tinha ainda um revólver calibre 32 com o qual efetuou poucos disparos. Segundo o delegado Felipe Ettore, da Divisão de Homicídios, foram achadas 62 cápsulas de 38 na escola.
(...) Um primo e uma irmã adotiva do atirador disseram à polícia que a mãe biológica dele sofria de esquizofrenia. Os policiais investigam ainda se o assassino participava de uma seita religiosa.
O revólver 38 usado no ataque tinha a numeração raspada. O outro foi roubado há mais de 15 anos. No mercado ilegal, um revólver é vendido por até R$ 450. [Folha de S. Paulo, 09 de abril de 2011, p. C3]
(...) Um primo e uma irmã adotiva do atirador disseram à polícia que a mãe biológica dele sofria de esquizofrenia. Os policiais investigam ainda se o assassino participava de uma seita religiosa.
O revólver 38 usado no ataque tinha a numeração raspada. O outro foi roubado há mais de 15 anos. No mercado ilegal, um revólver é vendido por até R$ 450. [Folha de S. Paulo, 09 de abril de 2011, p. C3]
Falam as autoridades
O governador do RJ, Sérgio Cabral, e o prefeito Eduardo Paes falando à imprensa sobre o massacre.
A voz dos ex-colegas
Um grupo de cinco amigos desde os tempos de colégio reuniu-se em um churrasquinho nas imediações da Tasso. Lembraram-se de como o garoto esquisito era "zoado" pela turma da escola, em especial pelas meninas.
"Estávamos na 7ª série, os hormônios a milhão, e uma das meninas mais malvadas, a C., ficou pegando no Wellington, se esfregando, e dizendo "vem cá". O Wellington entrou em pânico. Gritava "não", "não", "não", desesperado. Ele empurrava a C. e ela gritava cada vez mais alto que queria ficar com ele. Foi assustador", diz Thiago, espécie de porta-voz do grupo.
O ataque de C. contra Wellington causou surpresa, pois ela também era uma vítima da classe por estar longe de ser das meninas mais bonitas, e por ser gordinha. "Mas ela sabia que zoar com o Wellington era um jeito de ficar do mesmo lado dos bonitos e inteligentes da classe."
Ninguém gostava de Wellington, dizem os antigos colegas, a não ser Bruno, um menino fanho e de voz fina, com a cara do personagem cômico Mister Bean. Bruno era destroçado pelo meninos, que o chamavam de "bicha".
(...) "Nós temos certeza de que, quando subia aquelas escadas, ele viajava no tempo, até dez anos atrás, quando estudávamos juntos", afirma.
A cor das paredes ainda é a mesma, bege por cima e, embaixo, mostarda. O mesmo primeiro andar, a mesma 7ª série das piores chacotas. O mesmo turno matutino. "Nós que devíamos ter morrido. Não era para ninguém ter pago por uma coisa que nós fizemos", diz, entre lágrimas, Thiago, ele mesmo discriminado nos tempos de escola por ser homossexual. [Folha de S. Paulo, 09 de abril de 2011, p. C4]
Acervo Folha registra outros massacres em colégios
O roteiro da tragédia de Realengo, que paralisou o Brasil anteontem, repete cenas vistas há 15 anos em Dunblane, na Escócia. Os disparos do ex-líder escoteiro Thomas Hamilton mataram 16 estudantes entre quatro e seis anos de idade e uma professora, relatou a Folha em 14 de março de 1996.
Em março de 1997, um homem armado com um rifle matou oito crianças, um professor e a diretora de uma escola primária em Saana, capital do Iêmen. A polícia conseguiu prendê-lo - era um motorista de ônibus escolar, que praticou a chacina como vingança após ser demitido.
Em maio de 1998, aconteceu a tragédia de Springfield (Oregon), na Costa Oeste dos Estados Unidos. Um rapaz de 15 anos disparou contra os colegas, no restaurante de uma escola pública. Matou um aluno e feriu outros 24. Nos meses anteriores, outros seis casos tinham ocorrido nos EUA.
O episódio mais conhecido da série ocorreria em abril de 1999: o massacre da Columbine High School, em Littleton (Colorado). Dois jovens armados com pistolas semiautomáticas e explosivos mataram 12 estudantes e um professor antes de cometerem suicídio. O caso foi levado ao cinema: inspirou "Tiros em Columbine", de Michael Moore, vencedor do Oscar de melhor documentário de 2003, e o drama "Elefante", do cineasta americano Gus Van Sant.
Depois disso, as cenas se repetiriam em vários Estados americanos e em outros países: Japão, Alemanha e Argentina, por exemplo. [Texto adaptado. Folha de S. Paulo, 9 de abril de 2011, C5]
Um filósofo analisa o massacre de Realengo
[...] O mal não seria algo originário, mas efeito de condições anteriores. Há uma vasta gama de possíveis causas para o crime. Mas não interessa aqui qual explicação se dê. O que importa é que se deem explicações, talvez algumas delas genéticas, mas que terão sido ativadas por razões de convívio (ou sua falta) e por carência de tratamento especializado. Ou seja, o mal é produto de algo que, em si, não é mal. Não haveria "o Mal", menos ainda o demônio. Há problemas de ordem humana e que o homem, isto é, a sociedade, pode resolver.
[...] Como pode alguém massacrar inocentes? Ora, há um grande exemplo histórico nessa direção, que foi o nazismo. Muitos indagaram como a Alemanha, país tão civilizado, fora capaz de matar 6 milhões de judeus, bem como ciganos, em menor número, e eslavos, mais numerosos. Há explicações: a humilhação do Tratado de Versalhes, imposto aos alemães (em 1919, após a 1.ª Guerra Mundial), um antissemitismo presente em várias camadas da população, o autoritarismo prussiano. Mas não bastam. Outras culturas tiveram elementos comparáveis, separados ou reunidos, e nem por isso realizaram holocaustos. Daí que vários estudiosos digam que, em última análise, a análise não consegue explicar o horror. As causas e razões apontadas ficam muito aquém do sofrimento gerado. Daí que se possa e se deva contar o que aconteceu, mas sem jamais entender como tanto mal pôde ser feito pelo homem - ou tolerado por Deus, se Ele existe. Se o horror é inexplicável, que seja, então, narrado: que, pelo menos, não se torne inenarrável. E sabemos que contar o horror pode aumentá-lo, mas também pode aliviá-lo.
[...] Como pode alguém massacrar inocentes? Ora, há um grande exemplo histórico nessa direção, que foi o nazismo. Muitos indagaram como a Alemanha, país tão civilizado, fora capaz de matar 6 milhões de judeus, bem como ciganos, em menor número, e eslavos, mais numerosos. Há explicações: a humilhação do Tratado de Versalhes, imposto aos alemães (em 1919, após a 1.ª Guerra Mundial), um antissemitismo presente em várias camadas da população, o autoritarismo prussiano. Mas não bastam. Outras culturas tiveram elementos comparáveis, separados ou reunidos, e nem por isso realizaram holocaustos. Daí que vários estudiosos digam que, em última análise, a análise não consegue explicar o horror. As causas e razões apontadas ficam muito aquém do sofrimento gerado. Daí que se possa e se deva contar o que aconteceu, mas sem jamais entender como tanto mal pôde ser feito pelo homem - ou tolerado por Deus, se Ele existe. Se o horror é inexplicável, que seja, então, narrado: que, pelo menos, não se torne inenarrável. E sabemos que contar o horror pode aumentá-lo, mas também pode aliviá-lo.
[Renato Janine Ribeiro, professor de Ética e Filosofia Política da USP, em O Estado de S. Paulo, 10 de abril de 2011 (texto adaptado )]
O divã de Einstein
Questionada sobre as razões que motivaram o atirador de Realengo, a psicóloga Ana Arantes, mestre em Educação Especial, expõe seu parecer:
Sinto informar: não sei. E digo mais: não sabemos. E afirmo categoricamente: Ninguém sabe. Não mesmo. Nem os especialistas do Jornal Nacional, da Discovery, do Datena, e nem ninguém sabe, realmente, as razões que levaram à tragédia no Rio de Janeiro. Temos, no máximo, um levantamento de hipóteses explicativas, algumas mais plausíveis do que outras e diversas delas excludentes entre si.
Isso não quer dizer que a gente não deve procurar as possíveis causas do acontecido. Mas é um alerta para que não compremos qualquer discurso sobre o fato como verdadeiro, único, definitivo. Por exemplo, a explicação causal da "doença mental" do atirador. Sim, dado que seja confirmada a informação de que a mãe biológica sofria de esquizofrenia, há uma grande probabilidade de que ele também fosse portador desse transtorno. Quando um parente em primeiro grau (pais ou irmãos) apresenta o diagnóstico da doença, a probabilidade de que o indivíduo também seja suscetível à doença é cerca de 10% maior do que a probabilidade de uma pessoa sem histórico familiar ser suscetível à esquizofrenia (Kendler & Walsh, 1995). [ blog O Divã de Einstein (texto adaptado)]
Isso não quer dizer que a gente não deve procurar as possíveis causas do acontecido. Mas é um alerta para que não compremos qualquer discurso sobre o fato como verdadeiro, único, definitivo. Por exemplo, a explicação causal da "doença mental" do atirador. Sim, dado que seja confirmada a informação de que a mãe biológica sofria de esquizofrenia, há uma grande probabilidade de que ele também fosse portador desse transtorno. Quando um parente em primeiro grau (pais ou irmãos) apresenta o diagnóstico da doença, a probabilidade de que o indivíduo também seja suscetível à doença é cerca de 10% maior do que a probabilidade de uma pessoa sem histórico familiar ser suscetível à esquizofrenia (Kendler & Walsh, 1995). [ blog O Divã de Einstein (texto adaptado)]
Observações
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
Não deixe de dar um titulo à sua redação.
TEMA 06: A quem cabe a responsabilidade sobre a escolha alimentar da população?
Em 2008, o Ministério da Saúde lançou uma ofensiva para tentar regulamentar a propaganda de alimentos que apresentassem altos teores de açúcar, sal e gordura. Entre as propostas estavam a restrição do horário de veiculação de anúncios desses produtos e a exigência de divulgação de mensagens de alerta sobre os males desses ingredientes como: "O consumo excessivo de gordura aumenta o risco de desenvolver diabetes e doença do coração'. O ministério alegava tratar-se de um problema de saúde pública, uma vez que as crianças são o alvo principal da propaganda desses produtos. Porém, como não foi criada nenhuma lei específica até o momento, os projetos não entraram em vigor. O índice de obesidade infantil cresce todos os anos e, diante disso, é possível perguntar: o governo deveria criar alguma lei para controlar as propagandas das redes de fast-food? A quem cabe, afinal, a responsabilidade sobre a escolha alimentar da população? Ao governo, à família, à sociedade?
Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:
Lei do fast-food
Depois de seis meses de queda de braço entre a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e a indústria de alimentos, a área jurídica do governo se prepara para dar "ganho de causa" ao setor privado.
Em junho, a agência baixou resolução determinando que a propaganda de refrigerantes e de alimentos com elevados índices de açúcar, sódio e gordura saturada ou trans trouxesse advertência sobre os riscos à saúde, em caso de consumo excessivo. As crianças eram o alvo da medida. A AGU (Advocacia-Geral da União), porém, tem pronto parecer final em que corrobora a visão da indústria de que a exigência só vale se o Congresso aprovar lei específica sobre o tema. [Folha de S. Paulo, 16 de janeiro de 2011]
Em junho, a agência baixou resolução determinando que a propaganda de refrigerantes e de alimentos com elevados índices de açúcar, sódio e gordura saturada ou trans trouxesse advertência sobre os riscos à saúde, em caso de consumo excessivo. As crianças eram o alvo da medida. A AGU (Advocacia-Geral da União), porém, tem pronto parecer final em que corrobora a visão da indústria de que a exigência só vale se o Congresso aprovar lei específica sobre o tema. [Folha de S. Paulo, 16 de janeiro de 2011]
Fast-food do bem?
Esta é para deixar pais e especialistas de cabelo em pé: a obesidade infantil aumentou cinco vezes nos últimos 20 anos e hoje atinge cerca de 15% dos baixinhos brasileiros, ou cerca de 5 milhões de crianças. Quem garante é a Sociedade de Pediatria de São Paulo. Dados do gênero explicam por que todos apontam o dedo em riste para a dobradinha hambúrguer e batata frita, ícones da chamada comida trash, que a garotada devora num piscar de olhos. A boa notícia é que uma luz de esperança começa a brilhar nesse cenário tão sombrio.
Em resposta à acusação, o cardápio dessas fábricas de delícias gordurosas está abrindo espaço para itens praticamente impensáveis há alguns anos, como saladas, sucos, grelhados, queijinhos e até frutas. O movimento é mais forte nos Estados Unidos, mas felizmente a tendência já está desembarcando por aqui, mesmo que timidamente. “Devido aos altos índices de obesidade e de doenças crônicas, essa providência, mais do que desejável, é necessária”, opina a nutricionista Bianca Chimenti, da Nutrociência, em São Paulo. É um começo, mas, segundo a especialista, ainda não é o suficiente. “Precisamos de campanhas de educação alimentar para pais e filhos”, diz Bianca.
Em resposta à acusação, o cardápio dessas fábricas de delícias gordurosas está abrindo espaço para itens praticamente impensáveis há alguns anos, como saladas, sucos, grelhados, queijinhos e até frutas. O movimento é mais forte nos Estados Unidos, mas felizmente a tendência já está desembarcando por aqui, mesmo que timidamente. “Devido aos altos índices de obesidade e de doenças crônicas, essa providência, mais do que desejável, é necessária”, opina a nutricionista Bianca Chimenti, da Nutrociência, em São Paulo. É um começo, mas, segundo a especialista, ainda não é o suficiente. “Precisamos de campanhas de educação alimentar para pais e filhos”, diz Bianca.
É proibido proibir
Vamos ser francos. Não dá para riscar da vida dos filhos os sanduíches e os milk shakes. Fazer isso seria também privá-los do convívio social, porque se tem um programa que a garotada adora é ir com a turma à lanchonete. “Em vez de proibir, o melhor é controlar esse tipo de alimento”, argumenta Fábio Ancona Lopez, professor titular do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Por serem muito gordurosas e pobres em fibras, vitaminas e minerais, o ideal é que essas comidas sejam consumidas uma ou duas vezes por mês”, sugere. (...)
Tem razão, as crianças às vezes vencem pelo cansaço. Para o bem delas, resista, explique, eduque. A nutricionista Tânia Rodrigues, da RG Nutri Consultoria Nutricional, em São Paulo, ensina o caminho das pedras:
1. Lanchonete todos os dias, só em sonhos. Deixe isso muito claro.
2. Sugira lanches sem muito recheio, como o cheeseburguer ou o cheese-salada. Se puder, suma com a maionese, muito rica em gordura. O cachorro-quente é uma boa pedida, desde que venha com pouco acompanhamento.
3. Uma generosa porção de fritas pode perfeitamente ser compartilhada por duas ou três pessoas. Não precisa mais do que isso para matar a vontade.
3. Uma generosa porção de fritas pode perfeitamente ser compartilhada por duas ou três pessoas. Não precisa mais do que isso para matar a vontade.
4. Se o pequeno insistir no refrigerante, tudo bem. Mas proponha substituí-lo por suco de frutas ou água.
5. Outra troca justa: a maionese pelo trio ketchup, mostarda e picles para incrementar o sanduíche.
6. É milk-shake ou batata frita. Ambos é overdose de calorias.
Fast food, obesidade e colesterol
Para verificar os efeitos de uma dieta baseada em fast-food, o norte-americano Morgan Spurlock decidiu passar um mês se alimentando exclusivamente de hambúrgueres, batatas fritas e refrigerantes – de preferência com as maiores porções disponíveis no cardápio. O resultado foram 11 quilos a mais, aumento do colesterol e sintomas variados como náuseas e fraqueza. A gordurosa saga foi registrada em “Super size me - A dieta do palhaço” (2004), filme que divertiu ao mesmo tempo em que chocou platéias em todo o mundo.
Um estudo feito por pesquisadores de diversas instituições norte-americanas, publicado na revista médica “The Lancet”, mostra de forma categórica que tal dieta realmente faz mal à saúde. [Agencia Fapesp, 04/01/2005]
Um estudo feito por pesquisadores de diversas instituições norte-americanas, publicado na revista médica “The Lancet”, mostra de forma categórica que tal dieta realmente faz mal à saúde. [Agencia Fapesp, 04/01/2005]
Observações
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa;
Deve ter uma estrutura dissertativa-argumentativa;
Não deve estar redigido sob a forma de poema (versos) ou narração;
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
Não deixe de dar um titulo à sua redação.
Envie seu texto até 25 de março de 2011.
TEMA 07: Enchentes: o excesso de chuvas é o único responsável pelo desastre?
Um ano após o deslizamento de terras que matou cerca de 50 pessoas em Angra dos Reis, o Estado do Rio de Janeiro voltou a sofrer as consequências das fortes chuvas de verão. Neste ano, foram mais de 700 mortes na região serrana, motivo de comoção nacional. A Austrália também foi tomada por fenômeno semelhante, mas lá a enchente, que deixou mais de 3,5 mil desalojados, matou apenas cerca de 30 pessoas. A comparação entre o que ocorreu nos dois lugares dá o que pensar, principalmente quando se leva em conta que, segundo muitas previsões, há mudanças climáticas em curso e o volume de chuvas pode aumentar gradativamente ao longo do século. A questão é se o homem está totalmente à mercê das forças naturais e nada pode fazer diante da fúria da natureza ou se existem formas de prevenir os desastres e proteger-se deles. Na sua opinião, deve-se culpar somente o excesso de chuvas pelas catástrofes que atingiram diversas cidades brasileiras neste ano?
Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:
Mudança climática e ação contra enchentes
O aumento da incidência de chuvas em consequência das mudanças climáticas globais não pode servir de desculpa para os governos não agirem para evitar enchentes, na avaliação de Debarati Guha-Sapir, diretora do Cred (Centro de Pesquisas sobre a Epidemiologia de Desastres), de Bruxelas, na Bélgica. (...) "Dizer que o problema é consequência das mudanças climáticas é fugir da responsabilidade, é desculpa dos governos para não fazer nada para resolver o problema", critica Guha-Sapir, que é também professora de Saúde Pública da Universidade de Louvain. (...) Segundo ela (Guha-Sapir), as consequências das inundações são agravadas pela urbanização caótica, pelas altas concentrações demográficas e pela falta de atuação do poder público. (...) Para a especialista, questões como infraestrutura, ocupação urbana, desenvolvimento das instituições públicas e nível de pobreza e de educação ajudam a explicar a disparidade no número de vítimas entre as enchentes na Austrália e no Brasil. [Folha.com/BBC Brasil]
Enchente na cidade australiana de Toowoomba. (Wikimedia Commons)
Estado australiano diz que investigará causa de enchentes
A premiê do Estado de Queensland, na Austrália, anunciou nesta segunda-feira que fará uma investigação sobre as enchentes que devastaram grande parte do Estado nas últimas semanas. Segundo Anna Bligh, o inquérito vai observar questões como o funcionamento das represas, fará um "exame forense" da cadeia de eventos que levou às enchentes e servirá de guia para futuros investimentos no Estado. A Comissão de Inquérito custará 15 milhões de dólares australianos (R$ 25 milhões) e ficará encarregada de entregar um relatório provisório em agosto e outro, final, dentro de um ano, após investigar sistemas de alerta, planejamento governamental e a estrutura de atendimento emergencial. "Vejo isso como um investimento na nossa segurança futura, para que nos preparemos melhor para eventos como este", declarou Bligh, que disse não querer que nada seja "escondido sob o tapete". [UOL Notícias/BBC Brasil]
Previsão do tempo
Ignorando evidências sobre eventos climáticos extremos, governantes abandonam populações à mercê de inundações e deslizamentos Todo ano o discurso se repete. Diante dos desastres provocados pelas chuvas, autoridades das diversas esferas se referem ao caráter excepcional, inédito, fora do normal, das precipitações que acabaram de ocorrer. Não mentem ao dizer isso - mas a constatação não lhes serve de desculpa. O aumento de episódios de chuvas extremas era previsível, diante do crescimento desordenado das cidades e da mudança climática provavelmente em curso no planeta. Em São Paulo ou em qualquer outra região do país, as projeções do clima ganham cada vez mais precisão e credibilidade, mas não apontam para fenômenos novos. Enchentes e deslizamentos se repetem todos os verões, assim como as promessas de que não voltarão a ocorrer no próximo. Os governantes não agem na medida do necessário para adaptar as cidades brasileiras a uma situação que se agrava, a olhos vistos, de ano para ano. E que não se explica só por "causas naturais": surgem na medida da irresponsabilidade humana, em sua repetição e em seus trágicos efeitos. [Folha de S.Paulo, editorial, 16 de janeiro de 2011]
O emergente submergiu
No caso da tragédia do Rio, é só somar 1+1+1 e o resultado inexorável será a incompetência do poder público e o retrato de um país que tem mais de submergido que de emergente. Primeiro 1 - O "Jornal Nacional" de quinta-feira mostrou que choveu mais em Portugal e na Austrália do que no Rio de Janeiro. Mas o número de mortos no Rio foi esmagadoramente superior. Segundo 1 - O serviço de meteorologia emitiu aviso especial sobre a iminência de fortes chuvas precisamente nas áreas que acabaram sendo devastadas. Uma das prefeituras reconheceu ter recebido o aviso cinco horas antes da explosão. Nada foi feito. Terceiro 1 - A manchete desta Folha, ontem, mostra que desde 2008 o Rio de Janeiro sabia perfeitamente que havia riscos tremendos nas cidades que foram as principais vítimas. O que foi feito? Nada. Tudo somado, o que se tem é o óbvio fato de que chuvas torrenciais podem acontecer, deslizamentos formidáveis também -e, até aí, a culpa é só da natureza-, mas falta, no Brasil, acontecer a prevenção.
[Clóvis Rossi, Folha de S.Paulo, 16 de janeiro de 2011]
[Clóvis Rossi, Folha de S.Paulo, 16 de janeiro de 2011]
Observações:
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa.
Deve ter uma estrutura dissertativa.
Não deve estar redigido em forma de poema (versos) ou narração.
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas.
Não deixe de dar um título a sua redação.
TEMA 08: Qual o papel da mulher na sociedade brasileira atual?
Dilma Rousseff elegeu-se Presidente da República, cargo ocupado pela primeira vez por uma mulher no Brasil. Isso é um marco na história democrática do país e na da luta feminina por igualdade social. A eleição presidencial de 2010 contou também com outro fato significativo no que se refere à participação feminina na política: o índice de aprovação de Marina Silva. Mas as mulheres não conquistaram posição apenas na política. Elas estão dirigindo empresas, ocupam espaço de destaque no telejornalismo e começam a aparecer até nos mais fechados redutos masculinos. O Flamengo, por exemplo, clube conhecido pela tradição do seu futebol, dono de uma das maiores torcidas do Brasil, é agora presidido por uma mulher. O que essas conquistas revelam sobre as relações sociais entre homens e mulheres? Discuta a situação social da mulher no Brasil de hoje, em uma dissertação argumentativa em prosa.
Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:
Mulher na política brasileira
As desigualdades de gênero possuem raízes profundas na história do Brasil. Porém, as mulheres brasileiras já conseguiram reverter diversas situações desfavoráveis em diferentes áreas, menos nos espaços de poder. A primeira experiência de políticas de cotas para aumentar a presença da mulher brasileira na política aconteceu logo após a IV Conferência Mundial de Mulheres, ocorrida em Beijing, em 1995. Ainda no mês de setembro, o Congresso Nacional aprovou a Lei 9.100, de 1995, na qual, em seu § 3º do artigo 11º, se estabeleceu o seguinte:
"Vinte por cento, no mínimo, das vagas de cada partido ou coligação deverão ser preenchidas por candidaturas de mulheres". Esta redação deu margem ao questionamento sobre a inconstitucionalidade do artigo, pois estabeleceu um tratamento diferenciado para o sexo feminino. Realmente, a forma como estava redigida a política de cotas expressa uma visão focalizada e não universalista da representação de gênero.
Dois anos depois desta primeira formulação, o Congresso Nacional aprovou a Lei 9.504, de 30 de setembro de 1997, sendo que o parágrafo terceiro do artigo 10º desta Lei ficou assim redigido:
Dois anos depois desta primeira formulação, o Congresso Nacional aprovou a Lei 9.504, de 30 de setembro de 1997, sendo que o parágrafo terceiro do artigo 10º desta Lei ficou assim redigido:
"Do número de vagas resultantes das regras previstas neste artigo, cada partido ou coligação deverá reservar o mínimo de trinta por cento e o máximo de setenta por cento para candidaturas de cada sexo".
Esta nova formulação abandonou a política focalizada e assumiu uma concepção universalista, evitando questionamentos sobre a constitucionalidade da lei, já que se estabeleceu a mesma regra de representação para os dois sexos. Ou seja, homens e mulheres são iguais perante a lei (de cotas), sendo que o Congresso Nacional apenas formalizou uma regra de representação que garante um mínimo e um máximo de vagas para cada sexo nas listagens partidárias em cada pleito. [José Eustáquio Diniz Alves. A lei de cotas e as mulheres na política em 2010]
A primeira presidente da República
Algumas conquistas femininas no Brasil e no mundo
1827 - Surgiu a primeira lei sobre educação das mulheres, permitindo que frequentassem as escolas elementares. Instituições de ensino mais adiantado ainda eram proibidas a elas.
1879 - As mulheres têm autorização do governo para estudar em instituições de ensino superior; mas as que seguiam este caminho eram criticadas pela sociedade.
1932 - Getúlio Vargas promulga o novo Código Eleitoral, garantindo finalmente o direito de voto às mulheres brasileiras.
1945 - A igualdade de direitos entre homens e mulheres é reconhecida em documento internacional, através da Carta das Nações Unidas.
1951 - Aprovada pela Organização Internacional do Trabalho a igualdade de remuneração entre trabalho masculino e feminino para função igual.
1985 - Surge a primeira Delegacia de Atendimento Especializado à Mulher - DEAM (SP) e muitas são implantadas em outros estados brasileiros. Ainda neste ano, com a Nova República, a Câmara dos Deputados aprova o Projeto de Lei que criou o Conselho.
1996 - A escritora Nélida Piñon é a primeira mulher a ocupar a presidência da Academia Brasileira de Letras. Exerce o cargo até 1997 e é membro da ABL desde 1990.
Super-Homem, a Canção
Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter
Que nada, minha porção mulher que até então se resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É o que me faz viver
Quem dera pudesse todo homem compreender, ó mãe, quem dera
Ser o verão no apogeu da primavera
E só por ela ser
Quem sabe o super-homem venha nos restituir a glória
Mudando como um deus o curso da história
Por causa da mulher
[Gilberto Gil]
Observações:
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa.
Deve ter uma estrutura dissertativa.
Não deve estar redigido em forma de poema (versos) ou narração.
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas.
Não deixe de dar um título a sua redação.
TEMA 09: O Brasil e o conflito: defesa do meio ambiente X desenvolvimento econômico
As mudanças climáticas tornaram-se o bicho papão da atualidade. O cinema, por exemplo, já explorou os chamados temas apocalípticos em filmes como "O dia depois de amanhã", que trata do aquecimento global. Preocupados com as previsões catastróficas sobre o futuro do planeta, muitos governos têm se envolvido em acordos internacionais, como o Protocolo de Kyoto, que influenciam nos rumos da economia e nas políticas públicas. O problema é que o IPCC, principal órgão mundial responsável pela avaliação (e divulgação) das pesquisas sobre o tema, teve sua credibilidade abalada por denúncias de manipulação de dados e de erros (o principal diz respeito ao derretimento das geleiras do Himalaia).
Se não se tem uma dimensão real do problema, é o caso de se perguntar: o Brasil deve continuar seguindo as orientações desses relatórios climáticos ou deve priorizar o crescimento econômico?
Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas
O IPCC (International Pannel on Climate Change) é um órgão composto por delegações de 130 governos para prover avaliações regulares sobre o problema. Nasceu em 1988, da percepção de que a ação humana estaria exercendo uma forte influência sobre o clima do planeta e da necessidade de acompanhar esse processo. Desde então, o IPCC tem publicado diversos documentos e pareceres técnicos. O Relatório de Avaliação sobre o Meio Ambiente de 2007 gerou muita polêmica, porque, pela primeira vez, os cientistas reunidos no IPCC demonstraram grande confiança em que a mudança climática se deve à ação humana, sobretudo através da emissão de gases como o dióxido de carbono (CO2), óxido nitroso (N2O) e metano (CH4), que causam o efeito estufa. O IPCC estima que até o fim deste século a temperatura da Terra deve subir entre 1,8ºC e 4ºC, o que aumentaria a intensidade de tufões e secas. Nesse cenário, um terço das espécies do planeta estaria ameaçada.
O Brasil e o IPCC
Em seu segundo relatório, o IPCC alerta que partes da Amazônia podem virar savana. Em entrevistas com jornalistas, cientistas disseram que entre 10% e 25% da floresta poderia desaparecer até 2080. O órgão concluiu que existe uma possibilidade de 50% de que a maior floresta tropical do mundo se transforme parcialmente em cerrado. Há riscos também para o Nordeste brasileiro, que poderia ver, no pior cenário, até 75% de suas fontes de água desaparecerem até 2050. Os manguezais também seriam afetados pela elevação do nível da água.
As conclusões do IPCC sofrem influência política?
O IPCC procura se constituir com base em seu caráter técnico e científico, mas está sujeito à ação de grupos de interesse e às pressões políticas. Principalmente nos resumos destinados aos formuladores de políticas públicas, divulgados junto com os relatórios. A repercussão das conclusões do IPCC e a ampla cobertura que a mídia em todo o mundo tem dado ao assunto, especialmente por causa do trabalho do grupo, colocou definitivamente a mudança climática entre as grandes questões mundiais e um dos principais temas da agenda política em diversos países.
Verdades inconveninentes
Nos últimos anos, a discussão sobre o aquecimento global e suas consequências se tornou onipresente entre governos, empresas e cidadãos. É louvável que todos queiram salvar o planeta, mas o debate sobre como fazê-lo chegou ao patamar da irracionalidade. Entre cientistas e ambientalistas, estabeleceu-se uma espécie de fervor fanático e doutrinário pelas conclusões pessimistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), órgão da ONU. Segundo elas, ou se tomam providências radicais para cortar as emissões de gases do efeito estufa decorrentes da atividade humana, ou o mundo chegará ao fim do século XXI à beira de uma catástrofe. Nos últimos três meses, numa reviravolta espetacular, a doutrina do aquecimento global vem se desmanchando na esteira de uma série de escândalos. Descobriu-se que muitas das pesquisas que dão sustentação aos relatórios emitidos pelo IPCC não passam de especulação sem base científica. Pior que isso: os cientistas que conduzem esses estudos manipularam dados para amparar suas conclusões.
O primeiro abalo na doutrina do aquecimento global se deu no fim do ano passado, quando um grupo de hackers capturou e divulgou mais de 1.000 e-mails trocados entre cientistas ligados à Universidade de East Anglia, na Inglaterra, o principal centro mundial de climatologia. As mensagens revelam que cientistas distorceram gráficos para provar que o planeta nunca esteve tão quente nos últimos 1.000 anos. As trocas de e-mails também mostraram que os climatologistas defensores da tese do aquecimento global boicotam os colegas que divergem de suas opiniões, recusando-se a repassar dados das pesquisas que realizam. Os e-mails deixam claro, ainda, que o grupo dos catastrofistas age para tentar impedir que os céticos (como são chamados os cientistas que divergem das teses do IPCC) publiquem seus trabalhos nas revistas científicas mais prestigiadas. [O dogma derrete antes das geleiras]
O primeiro abalo na doutrina do aquecimento global se deu no fim do ano passado, quando um grupo de hackers capturou e divulgou mais de 1.000 e-mails trocados entre cientistas ligados à Universidade de East Anglia, na Inglaterra, o principal centro mundial de climatologia. As mensagens revelam que cientistas distorceram gráficos para provar que o planeta nunca esteve tão quente nos últimos 1.000 anos. As trocas de e-mails também mostraram que os climatologistas defensores da tese do aquecimento global boicotam os colegas que divergem de suas opiniões, recusando-se a repassar dados das pesquisas que realizam. Os e-mails deixam claro, ainda, que o grupo dos catastrofistas age para tentar impedir que os céticos (como são chamados os cientistas que divergem das teses do IPCC) publiquem seus trabalhos nas revistas científicas mais prestigiadas. [O dogma derrete antes das geleiras]
Acima do tom
A reputação do IPCC sofreu um abalo tectônico no início do ano, quando se descobriu um erro grosseiro numa das pesquisas que compõem seu último relatório, divulgado em 2007. O texto afirma que as geleiras do Himalaia podem desaparecer até 2035, por causa do aquecimento global. O derretimento teria consequências devastadoras para bilhões de pessoas na Ásia que dependem da água produzida pelo degelo nas montanhas. Os próprios cientistas que compõem o IPCC reconheceram que a previsão não tem o menor fundamento científico e foi elaborada com base em uma especulação. O mais espantoso é que essa bobagem foi tratada como verdade incontestável por três anos, desde a publicação do documento.
Não demorou para que a fraude fosse creditada a interesses pessoais do presidente do IPCC, o climatologista indiano Rajendra Pachauri, cuja renúncia vem sendo pedida com veemência por muitos cientistas. Pachauri é diretor do instituto de pesquisas Teri, de Nova Délhi, agraciado pela Fundação Carnegie, dos Estados Unidos, com um fundo de meio milhão de dólares destinado a realizar pesquisas... nas geleiras do Himalaia. A mentira sobre o Himalaia já havia sido denunciada por um estudo encomendado pelo Ministério do Ambiente da Índia, mas o documento foi desqualificado por Pachauri como sendo "ciência de vodu". Os relatórios do IPCC são elaborados por 3 000 cientistas de todo o mundo e, por enquanto, formam o melhor conjunto de informações disponível para estudar os fenômenos climáticos. O erro está em considerá-lo infalível e, o que é pior, transformar suas conclusões em dogmas. [O dogma derrete antes das geleiras]
Não demorou para que a fraude fosse creditada a interesses pessoais do presidente do IPCC, o climatologista indiano Rajendra Pachauri, cuja renúncia vem sendo pedida com veemência por muitos cientistas. Pachauri é diretor do instituto de pesquisas Teri, de Nova Délhi, agraciado pela Fundação Carnegie, dos Estados Unidos, com um fundo de meio milhão de dólares destinado a realizar pesquisas... nas geleiras do Himalaia. A mentira sobre o Himalaia já havia sido denunciada por um estudo encomendado pelo Ministério do Ambiente da Índia, mas o documento foi desqualificado por Pachauri como sendo "ciência de vodu". Os relatórios do IPCC são elaborados por 3 000 cientistas de todo o mundo e, por enquanto, formam o melhor conjunto de informações disponível para estudar os fenômenos climáticos. O erro está em considerá-lo infalível e, o que é pior, transformar suas conclusões em dogmas. [O dogma derrete antes das geleiras]
Observações:
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa.
Deve ter uma estrutura dissertativa.
Não deve estar redigido em forma de poema (versos) ou narração.
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas.
Não deixe de dar um título a sua redação.
TEMA 10: Juventude e alcoolismo: um problema social
As bebidas alcoólicas pertencem ao grupo das drogas lícitas mais consumidas no Brasil. O comportamento festivo do brasileiro sempre foi regado a muito álcool: caipirinha na praia, cerveja no futebol, coquetel na balada. O problema é que os jovens estão começando a beber cada vez mais cedo. Uma pesquisa da Unifesp sobre o consumo de bebidas alcoólicas por estudantes de ensino médio reacendeu a discussão sobre o tema. Que razões levam o jovem ao consumo de álcool? Quais os problemas decorrentes disso? Por que a lei que proíbe a venda de bebidas a menores de idade não é cumprida? Qual a responsabilidade da família, da sociedade e do governo diante desse problema?
Reflita sobre essas questões e elabore uma dissertação argumentativa com o tema: Juventude e alcoolismo: um problema social.
Elabore uma dissertação considerando as ideias a seguir:
A pesquisa
Dados inéditos de uma pesquisa sobre o uso de drogas entre os alunos de escolas particulares da cidade de São Paulo revelam que um em cada três estudantes do ensino médio se embriagou pelo menos uma vez no mês anterior ao levantamento.
Os dados mostram ainda que a bebedeira - consumo de cinco ou mais doses na mesma ocasião - é uma prática comum para muitos dos que têm idade entre 15 e 18 anos: 7% dos meninos e 5% das meninas fazem isso de três a cinco vezes por mês.
A pesquisa, do Cebrid (Centro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) da Unifesp, ouviu, em 2008, 5.226 alunos do ensino fundamental e médio de 37 escolas - os dados só foram concluídos agora.
Entre os estudantes do ensino fundamental (7ª e 8ª séries), o total dos que se embriagaram ao menos uma vez no último mês é menor (14,2%), mas surpreende por conta da idade: geralmente entre 13 e 15 anos.
[Folha de S.Paulo, 08 de junho de 2010. Texto adaptado]
[Folha de S.Paulo, 08 de junho de 2010. Texto adaptado]
Status e amadurecimento
(...) O porre pode, para muitos, parecer só uma brincadeira da garotada. Mas evidencia o sintoma de uma conduta social que inconscientemente aprova o consumo de álcool.
Nos lares brasileiros, os jovens crescem assistindo a familiares e amigos consumirem bebidas alcoólicas nos mais variados eventos. Ou, ainda, após as tradicionais partidas de futebol, numa combinação contraditória entre álcool e esporte.
Para o jovem, beber parece estar associado com status, suposto amadurecimento e possibilidade de mais relações pessoais e afetivas. Por essas razões, é preciso apostar fortemente na prevenção desde a infância. A proposta não surtirá efeito se os menores continuarem expostos à publicidade de bebidas, sempre associadas a cenários paradisíacos, formas perfeitas e diversão. [Carlos Salgado, psiquiatra e presidente da Abead - Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas - para a Folha On-Line]
Álcool x jovens por Içami Tiba
Portal: O que o jovem pretende quando bebe?
Dr. Tiba: Em geral eles querem aparecer. Os exibidos querem aparecer mais, enquanto os tímidos querem começar a ser vistos. Uma questão de destaque.
Portal: Quais sentimentos o álcool produz?
Dr. Tiba: Usando álcool eles perdem a noção das coisas, passam a sentir aquilo que eu chamo de "onipotência juvenil", sentem-se e agem como deuses que podem tudo, vão dirigir sem bater, não vão cair de bêbados, não dirão o que não querem ou darão escândalos, pensam que não vão perder o controle. Eles acham que são mais fortes que a bebida, "eu domino o álcool e não o contrário".
Portal: A que ponto de comportamento a bebida pode levar?
Dr. Tiba: As conseqüências variam. Por exemplo, em uma pesquisa divulgada por Daniel Golleman (autor do best-seller "Inteligência Emocional"), 90% dos estupros ocorridos em ambientes universitários nos E.U.A. ocorrem enquanto os envolvidos estão agindo sob efeito do álcool.
Portal: Se universitários podem agir assim, isto significa que eles têm informação mas não encaram o álcool como droga?
Dr. Tiba: Os jovens, individualmente, sabem que álcool é droga, mas o problema é que quando estão em grupo eles agem diferente. Bebem sabendo que álcool faz mal, tanto que eles acabam arrependidos durante a ressaca, sempre se lamentando sobre o que fizeram, o que disseram.
Portal: Essa relação com o álcool é a mesma para ambos os sexos?
Dr. Tiba: Na verdade, as meninas deveriam tomar 1/3 a menos de bebida alcoólica do que os homens simplesmente por uma questão física. Elas não têm estrutura para aguentar, são mais sensíveis.
Portal: A indústria da bebida sabe o que seu produto pode provocar. Qual é a mentalidade deles?
Dr. Tiba: O espírito do mercado de bebidas é vender sempre mais. E eles usam o que for preciso para atingir esse objetivo. Podemos notar que hoje em dia o álcool é consumido pelos jovens como se fosse um refrigerante.
Eles tomam direto no gargalo e esse comportamento é disseminado pelas imagens das campanhas publicitárias na TV, por exemplo. As bebidas "ice" que são populares entre os jovens e tidas como leves nas propagandas, na verdade possuem teor alcoólico.
Portal: A indústria da bebida sabe o que seu produto pode provocar. Qual é a mentalidade deles?
Dr. Tiba: O espírito do mercado de bebidas é vender sempre mais. E eles usam o que for preciso para atingir esse objetivo. Podemos notar que hoje em dia o álcool é consumido pelos jovens como se fosse um refrigerante.
Eles tomam direto no gargalo e esse comportamento é disseminado pelas imagens das campanhas publicitárias na TV, por exemplo. As bebidas "ice" que são populares entre os jovens e tidas como leves nas propagandas, na verdade possuem teor alcoólico.
Portal: O que poderia ser feito para minimizar a penetração do álcool no meio jovem?
Dr. Tiba: Na hora de advertir contra o uso da bebida ocorre uma enorme dificuldade, pois eles não ouvem a ninguém. Para reduzir esse efeito do álcool sobre os jovens a primeira coisa necessária é a restrição legal do acesso ao álcool em diversos ambientes, pois não adianta proibir a venda em bares quando em uma danceteria um jovem de 15 anos chega lá e compra. Só com essas campanhas do governo não vai dar.
[Portal Unimeds, publicado em 2/8/2002]
[Portal Unimeds, publicado em 2/8/2002]
Observações:
Seu texto deve ser escrito na norma culta da língua portuguesa.
Deve ter uma estrutura dissertativa.
Não deve estar redigido em forma de poema (versos) ou narração.
A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas.
Não deixe de dar um título a sua redação.
Fonte: www.uoleducação.com.br
MODELO:
PROPOSTA DE REDAÇÃO
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA VALOR: 5,0 PONTOS
NOTA REFERENTE À III UNIDADE REALIZADA EM DUPLA
Ao desenvolver o tema proposto, procure utilizar os conhecimentos adquiridos e as reflexões feitas ao longo de sua formação. Selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista e suas propostas, sem ferir os direitos humanos.
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TEXTO 02:
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TEXTO 03:
Instruções:
Seu texto deve ser escrito na modalidade padrão da língua portuguesa.
O texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou narração.
O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considerado texto em branco.
O rascunho pode ser feito na última página deste Caderno.
A redação deve ser passada a limpo na folha própria e escrita a tinta.
Data de entrega: ..../..../2011 (texto entregue após a data sofrerá a penalidade de 1pt por dia de atraso)
Observação: A produção de texto deverá ser apresentada na folha adequada para a atividade.
A leitura é para o intelecto o que o exercício é para o corpo.
Segue agora o simulado de nosso último aulão de específicas da EEEP Elsa Maria Porto Costa Lima. Mantenha-se sempre atento a estes posts para não diminuir a rotina de estudos.
SIMULADO DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS –
SIMULADÃO ENEM – GUIA DO ESTUDANTE
QUESTÃO 01
Fonte: Malvados. A era das incertezas. Disponível em: http://www.malvados.com.br/. Acesso em 21 de março de 2010
Em relação aos usos sociais da internet, o texto critica o seguinte:
a) Compartilhamento de informações.
b) Apropriação de textos de autoria alheia.
c) Divulgação de textos de autoria alheia.
d) Uso de pseudônimos e apelidos na rede.
e) Publicação de texto sem autoria expressa.
QUESTÃO 02
Texto 1
Parabéns Pikena! Ñ precisa dzer o qto amo vc e me sinto bem p. ter vc comigo no coração Deus te abençoe. Um bj bem gd. Daki a pc falo c vc. Sup d uva
Texto 2
:-/ tô com saud de vc!
:-) amanhã tem festa! Vmos
:-( Ficou chateada comig ontem! Desculpa
Dentre as características próprias da interação no contexto das novas tecnologias, os textos têm em comum
a) o uso de imagens, que reforçam os sentidos.
b) a ausência de pontuação no fim de orações.
c) a brevidade, que se reflete nas abreviações.
d) o uso de variantes regionais do português.
e) a exploração de gírias e neologismos.
QUESTÃO 03
Considerando o tema e a visão crítica que o texto acima propõe, a legenda mais adequada para ele seria:
a) O perigo dos agrotóxicos e alimentos geneticamente modificados.
b) A verdade por trás das academias.
c) Consequências do abuso de drogas.
d) Novos padrões de beleza excluem a saúde.
e) Os sacrifícios femininos em busca de uma vida saudável.
QUESTÃO 04: Conheça o e-Democracia
Na próxima quarta-feira (03 de junho), a Câmara dos Deputados vai lançar a rede social e-Democracia. Trata-se da primeira grande incursão da Câmara Federal na chamada web social. Com o objetivo de ampliar o debate sobre os projetos de lei em tramitação na Casa, o sistema entra para a História como a primeira rede social aberta do Legislativo brasileiro. Como não poderia ser diferente, o Chapa Branca foi atrás da informação e traz agora uma entrevista exclusiva com o coordenador do Projeto e-Democracia, Cristiano Ferri. (Postado por Hélio Teixeira em segunda-feira, 1 de junho de 2009)
Considerando o objetivo da plataforma oficial e o fato de o comentário e a entrevista terem sido publicados em um blog, é possível afirmar que essas iniciativas na internet podem fortalecer a democracia por
a) abrir os gastos do Legislativo para o controle social.
b) viabilizar o voto popular nos projetos de lei.
c) tornar mais restrito o acesso às informações.
d) ampliar as possibilidades de conhecer projetos de leis.
e) realizar a votação dos projetos pelos parlamentares.
QUESTÃO 05
Como a dança de salão é vista como arte, a suprema arte para seus praticantes, o aprendizado envolve um treinamento de mestre a discípulo, e a prática constante e disciplinada de um conjunto de regras que inclui atitudes, esquemas corporais, formas de agir, de trajar e de sentir. Além, evidentemente, da disciplina dos horários e das posturas de corpo, da forma de vestir-se (com ‘elegância’) e dirigir-se aos colegas e professores, a ética (da dança) tem papel destacado.
A competição entre os alunos só é admitida como desenvolvimento de ‘estilo’: o melhor dançarino, por sua identificação com o mestre e com o ‘espírito da dança de salão’ (sua técnica e sua ética), é capaz de criar seu próprio estilo. Um sinal de maturidade dos cavalheiros é poder conduzir qualquer dama, fazendo-a dançar independentemente de seu conhecimento ou habilidade para a dança, chamando a si sempre a responsabilidade por eventuais ‘erros’ de sua dama (‘uma dama nunca erra, ela é malconduzida’).
A dança de salão, conforme se pode inferir do excerto acima, é uma experiência que extrapola a simples fixação de sequências coreográficas, pois
a) a dança de salão promove a modificação da gestualidade dos seus praticantes, diferentemente do que ocorre com outras práticas corporais.
b) implica, obrigatoriamente, o estabelecimento do diálogo corporal entre seus protagonistas.
c) tal qual ocorre com as demais manifestações corporais, a competição é fundamental.
d) adota princípios éticos e estéticos, restringindo a participação a alguns grupos.
e) não exige nenhuma espécie de adaptação por parte dos indivíduos.
QUESTÃO 06: Leia a seguir trecho de uma sinopse do filme Abril Despedaçado:
Abril 1910 – Na geografia desértica do sertão brasileiro, uma camisa manchada de sangue balança com o vento. Tonho, filho do meio da família Breves, é impelido pelo pai a vingar a morte do seu irmão mais velho, vítima de uma luta ancestral entre famílias pela posse da terra.
Se cumprir sua missão, Tonho sabe que sua vida ficará partida em dois: os 20 anos que ele já viveu e o pouco tempo que lhe restará para viver. Ele será então perseguido por um membro da família rival, como dita o código da vingança da região. Angustiado pela perspectiva da morte e instigado pelo seu irmão menor, Pacu, Tonho começa a questionar a lógica da violência e da tradição. É quando dois artistas de um pequeno circo itinerante cruzam o seu caminho...
O filme Abril Despedaçado, de Walter Salles, coloca em cena a difícil escolha entre a tradição e a busca pela liberdade. Em toda a narrativa, a angústia e a dúvida permeiam a mente do protagonista. No entanto, em meio a desejos e tragédias, a personagem faz sua escolha, rompendo os grilhões que prendem sua família. Dentre as cenas seguintes, retiradas do roteiro do filme, a que apresenta o encontro do personagem com a liberdade é:
a) Tonho desvia o olhar do irmão e volta-se para o pai. / O pai, de costas para Tonho. / Tonho parte para ajudar o irmão. Soergue o feixe de cana e volta em direção à moenda.
b) PAI: “Tonho, tu vai com cuidado no amanhecer. E não se esqueça: tua obrigação é só com quem matou teu irmão. Negócio de homem para homem, olho no olho”.
c) Os joelhos de Tonho entram em quadro e aterrissam com um ruído seco no chão de terra batida. / O rosto de Tonho, que está ofegante e de olhos fechados. / Abre os olhos e vê... O corpo do adversário imóvel está perto de arbustos calcinados.
d) O velho, olhando Tonho em silêncio, mexe finalmente a cabeça, indicando a Tonho que ele está livre para seguir adiante. / Tonho, visto de costas, sai da casa, fragilizado pela predição do velho. / Coloca o chapéu, como se isso pudesse protegê-lo.
e) Tonho surge detrás de uma duna de areia. / Olha para aquela infinidade, ouve o ruído da arrebentação. /Novamente o mar, em plano geral, o mar enorme, aquele mundo de possibilidades. / E um homem que o descobre.
QUESTÃO 07
Texto 1: Num monumento à aspirina
Claramente: o mais prático dos sóis,
o sol de um comprimido de aspirina:
de emprego fácil, portátil e barato,
compacto de sol na lápide sucinta.
Principalmente porque, sol artificial,
que nada limita a funcionar de dia,
que a noite não expulsa, cada noite,
sol imune às leis de meteorologia,
a toda hora em que se necessita dele
levanta e vem (sempre num claro dia):
acende, para secar a aniagem da alma,
quará-la, em linhos de um meio-dia.
Fonte: Melo Neto, João Cabral de. A Educação pela Pedra. Rio de Janeiro, Alfaguara, 2009
Texto 2: Ácido Acetilsalicílico – Aspirina Aspirina® contém a substância ativa ácido acetilsalicílico, do grupo de substâncias anti-inflamatórias não esteroides, eficazes no alívio de dor, febre e inflamação. O ácido acetilsalicílico inibe a formação excessiva de substâncias mensageiras da dor, as prostaglandinas, reduzindo assim a sensibilidade à dor.
Fonte: Bula do medicamento. Aspirina – ácido acetilsalicílico (adaptado)
Os textos tratam do mesmo tema, mas por meio de gêneros distintos e com diferentes intenções comunicativas. São marcas linguísticas características deles
a) a alternância entre o discurso direto, no primeiro texto, e o indireto, no segundo.
b) o uso do registro formal, no primeiro; coloquial, no segundo.
c) o predomínio de aspectos sonoros, como a rima, no primeiro texto, e o de aspectos semânticos, como a exploração da ambiguidade, no segundo.
d) a prevalência da conotação, no primeiro texto, e da denotação, no segundo.
e) a conjugação de verbos no modo imperativo, no primeiro texto, e no presente do indicativo, no segundo.
QUESTÃO 08: Comunicado importante
Atenção, jovens!
O título de eleitor é opcional para quem vai completar 16 anos até o dia 03 de outubro de 2010. A partir dos 18 anos, ele é obrigatório. Se você vai votar pela primeira vez, procure o cartório eleitoral para tirar o seu título. O prazo é até 05 de maio. E então?! Vai ficar, tipo assim, aí parado? Se liga, vai deixar os outros decidirem as coisas por você? O prazo é até 05 de maio.
Justiça Eleitoral
Fonte: Tribunal Superior Eleitoral. Campanha publicitária Eleições 2010.
Ao analisarmos os procedimentos argumentativos do texto, podemos afirmar que ele
a) destaca o caráter opcional da participação jovem em eleições, a fim de divulgar a possibilidade de abstenção desses cidadãos.
b) é composto de um texto híbrido, com elementos do gênero epistolar, com o objetivo de melhor orientar eleitores de diferentes idades a bem votar.
c) realça a obrigatoriedade do voto para os maiores de 18 anos, com o objetivo de também se aproximar dos pais dos jovens eleitores.
d) explora o registro coloquial, a fim de favorecer a interlocução com o eleitor jovem.
e) informa prazos e locais para a solicitação do título eleitoral, a fim de convencer o eleitor jovem da obrigação de votar.
Olá, galera do blog!
Dando continuidade ao Projeto Tarde Literária, no dia 13 de junho, os alunos pré-universitários da EEEP Elsa Maria Porto Costa Lima tomarão contato com a obra Macunaíma de Mário de Andrade que foi retratada nas telas do cinema pelo diretor e roteirista Joaquim Pedro de Andrade.
Seguem agora algumas considerações sobre esta produção do cinema nacional.
Boa viagem a todos em busca do muiraquitã!
CONSIDERAÇÕES SOBRE O FILME MACUNAÍMA
I – FICHA TÉCNICA DO FILME: Título no Brasil: Macunaíma/Título Original: Macunaíma/País de Origem: Brasil/Gênero: Comédia/Tempo de Duração: 108 minutos/Ano de Lançamento: 1969/Estúdio/Distribuidora: Embrafilme/Direção e roteiro: Joaquim Pedro de Andrade. / Trilha sonora de Jards Macalé, Orestes Barbosa, Silvio Caldas e Heitor Villa-Lobos. / Fotografia: Guido Cosulich e Affonso Beato. / Desenho de produção: Anísio Medeiros. / Figurino:Anísio Medeiros./ Edição: Eduardo Escorel.
II – SINOPSE
Macunaíma é um herói preguiçoso, safado e sem nenhum caráter. Ele nasceu na selva e de negro (Grande Otelo) virou branco (Paulo José). Depois de adulto, deixa o sertão em companhia dos irmãos. Macunaíma vive várias aventuras na cidade, conhecendo e amando guerrilheiras e prostitutas, enfrentando vilões milionários, policiais, personagens de todos os tipos. Depois dessa longa e tumultuada aventura urbana, ele volta à selva, onde desaparecerá como viveu - antropofagicamente. Um compêndio de mitos, lendas e da alma do brasileiro, a partir do clássico romance de Mário de Andrade.
III – ELENCO: Grande Otelo (negro Macunaíma) / Paulo José (branco Macunaíma) / Jardel Filho (Venceslau Pietro Pietra) / Dina Sfat (Ci) / Milton Gonçalves (Jigue) / Rodolfo Arena (Maanape) / Joana Fomm (Sofara)/ Maria Lúcia Dahl(Iara) / Maria Do Rosário(Iquiri)
IV – PREMIAÇÕES: Ganhou o Ombu de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Mar del Plata.
V – CURIOSIDADES:
1. De acordo com o diretor Joaquim Pedro de Andrade, Macunaíma é "a história de um homem que foi comido pelo Brasil".
2. Teve um orçamento de 350 mil cruzeiros novos.
3. Teve dificuldades em ser lançado comercialmente no Brasil, devido a problemas com a censura.
V – CURIOSIDADES:
1. De acordo com o diretor Joaquim Pedro de Andrade, Macunaíma é "a história de um homem que foi comido pelo Brasil".
2. Teve um orçamento de 350 mil cruzeiros novos.
3. Teve dificuldades em ser lançado comercialmente no Brasil, devido a problemas com a censura.
VI – RESUMO DO LIVRO
Quando a narrativa começa, Macunaíma vive às margens do rio Uraricoera em meio à tribo onde nasceu. Com a morte da mulher (Ci, mãe do mato, transformada em estrela), o “herói” perde a muiraquitã, amuleto mágico que Ci havia lhe dado de presente. Sabendo que a muiraquitã está nas mãos de Venceslau Pietro Pietra, mascate morador de São Paulo, Macunaíma deixa a mata e, acompanhado pelos irmãos, inicia sua viagem para recuperar o amuleto. A maior parte da narrativa conta as tentativas de Macunaíma para reaver a muiraquitã das mãos de Venceslau Pietra, que, como se descobre depois, era Piaimã, o gigante comedor de gente. Quando consegue derrotar Piaimã e recuperar o amuleto, o herói volta para o Amazonas e acaba se transformando na constelação da Ursa Maior.
VI – REFLEXÕES SOBRE O FILME
1. Que características de Macunaíma, apresentadas no filme, indicam sua “falta” de caráter?
2.Quais as características positivas do protagonista do filme?
3. O romance de Mário de Andrade cumpre o projeto modernista de resgatar aspectos originais da cultura brasileira. Que elementos dessa cultura são apresentados no filme?
4. O filme conta com vários elementos “fantásticos”. Em que momento fantástico aparece?
5. Macunaíma não corresponde à imagem de herói apresentada nos romances indianistas. Explique por quê.
6. Macunaíma é o símbolo do povo brasileiro. De que maneira a construção dessa personagem revela a intenção de caracterizar, por meio de seu herói, o povo brasileiro de forma crítica?
7. O diretor e roteirista do filme Macunaíma valoriza a lógica e a razão nessa produção? Por quê?
8. Relembre esta passagem do filme:
“Porém a água já estava muito suja da negrura do herói e por mais que Jiguê esfregasse feito maluco atirando água para todos os lados só conseguiu ficar com a cor do bronze novo”.
Os três irmãos se diferenciam, Macunaíma é branco, Maanape é índio e Jiguê é negro. Entretanto, apesar de diferenciados, continuam irmãos. Resuma em uma frase a lição que podemos tirar disso.
9. Tanto a obra quanto o filme retratam algumas lendas folclóricas do Brasil. Cite algumas identificadas em Macunaíma.
10. Com base no maior número possível de elementos observados no filme, justifique por que Macunaíma é uma obra nacionalista.
"Escrevo sem pensar, tudo o que o meu inconsciente grita. Penso depois: não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi”
(Mário de Andrade)
(Mário de Andrade)
Seguem algumas informações sobre o livro de Umberto Eco que inspirou a produção cinematográfica O nome da rosa.
Aproveite a leitura ingressando no universo de mistérios e crimes desvendados pelo frade William de Baskerville.
O Nome da Rosa é um romance de Umberto Eco, lançado em 1980 com o título italiano Il nome della rosa. É o romance que o tornou conhecido mundialmente.
O enredo de O Nome da Rosa gira em torno das investigações de uma série de crimes misteriosos, cometidos dentro de uma abadia medieval. Com ares de Sherlock Holmes, o investigador, o frade franciscano William de Baskerville, assessorado pelo noviço Adso de Melk, vai a fundo em suas investigações, apesar da resistência de alguns dos religiosos do local, até que desvenda que as causas do crime estavam ligadas a manutenção de uma biblioteca que mantém em segredo obras apócrifas,obras que não seriam aceitas em consenso pela igreja cristã da Idade Média, como é a obra risona criada por Eco e atribuída romantescamente à Aristóteles. A aventura de William de Baskerville é desta forma uma aventura quase quixotesca.
No romance, Umberto Eco relembra a problemática suscitada pelo nominalismo entre o que é essencial, que parece ser o nome da rosa como nome, em si um conceito, portanto um universal, dessa forma, eterno, imutável, imortal e de sua contraposição a rosa particular, individual no mundo, flor de existência única na realidade, que por acontecer, também é passageira, mortal e transitória.
O próprio nome do livro suscita uma questão que relembra a questão dos universais e dos particulares, que se refere a saber se o nome da rosa é universal ou particular. O quadro da questão pode ser representado de forma tradicional pelo quadrilátero de proposições lógicas. A questão se refere ao juízo que fazemos do nome da rosa: se ele é universal, por exemplo: O nome da rosa é imortal; particular: O nome da rosa é passageiro (mortal) e ainda: Nenhum nome da rosa é imortal ou: Algum nome de rosa é passageiro. Os vértices do quadrilátero seriam formados por esses quatro juízos. Seria algum desses juízos verdadeiro ou falso? Se sim ou não, nisso há alguma contradição? Haveria outras possibilidades, outras incertezas?
Eco sugere no O Nome da Rosa, um ambiente no qual as contradições, oposições, querelas e inquisições, no início do século XIV, justificam ações humanas, as virtudes e os crimes dos personagens, monges copistas de uma abadia cuja maior riqueza é o conhecimento de sua biblioteca. Para os personagens, a discussão do essencial e do particular, do espiritual e da realidade material, do poder secular e da insurreição, dos conceitos e das palavras entranham pelo mundo uma teia de inter-relações das mais conflituosas. A representação, a palavra e o texto escrito passam a ter uma importância vital na organização da abadia beneditina, gestando o microcosmo do narrador.
No O Nome da Rosa, conhecido e desconhecido tecem caminhos secretos pela abadia de pedra e representações, definindo uma história de investigação onde as deduções lógico-gramaticais, são nas mãos do autor similares àquelas dos romances policiais modernos. Por outro lado, a narrativa se afasta do simples romance policial não somente pelo fato de ser escrito ao final do século XX, mas porque expõe e aproxima-se de um mundo de incertezas. A arquitetura da abadia faz lembrar os (des)caminhos do labirinto da internet e a difícil situação de decidir politicamente em uma Itália dividida entre o norte rico e articulado e o sul pobre e violento. Esse Sul (Africae), mais representado que real, dito virtual em sua realidade, é no espaço socioeconômico do final do século XX mais que um elemento isolado.
Além disso, "O Nome da Rosa" é uma viagem imaginária à Idade Média europeia. A oportunidade de reflexão aberta das questões filosóficas, dos conceitos de certo e errado, de bem e mal, da moral cristã, do que está por trás dos conceitos e crenças atuais, mesmo que por contraste com o conjunto de questionamentos que ecoam dos séculos atrás, é uma herança a ser compartilhadas pelos leitores dessa obra aberta.
Ainda é importante mencionar que a biblioteca que serve como plano de fundo e personagem principal ao mesmo tempo é inspirada no conto A Biblioteca de Babel do argentino Jorge Luis Borges onde é apresentada uma biblioteca universal e infinita que abrange todos os livros do mundo. Para homenagear o escritor há o personagem Jorge de Burgos, que além da semelhança no nome é cego assim como Borges foi ficando ao longo da vida. Outra homenagem presente no nome é William de Baskerville que seria como um Sherlock Holmes na história, este tem como uma das suas principais aventuras O Cão dos Baskervilles
Adso de Melk é um dos personagens principais do romance de Umberto Eco intitulado "O Nome da Rosa". Filho do Barão de Melk, o jovem, juntamente com o seu tutor e mestre, William de Baskerville, tenta desvendar crimes cometidos em um monastério em algum lugar dos alpes italianos durante a Idade Média. Há semelhança entre o seu nome e o de "Watson", fiel escudeiro de Sherlock Holmes.
Umberto Eco, na introdução da obra, diz que Adso é o responsável pela edição dos textos dando conta dos acontecimentos no monastério: «No dia 16 de Agosto de 1968 foi-me parar às mãos um livro que se deve à pena de um certo abade de Vallet, Le Manuscript de Dom Adson de Melk, traduzido em francês segundo a edição de Dom J. Mabillo (Aux Presses de l'Abbaye de la Source, Paris, 1984)» [1]
Referências
- ↑Umberto Eco (1980), "O Nome da Rosa", traduzido por Maria Celeste Pinto, Círculo de Leitores
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Nome_da_Rosa
A turma do 1º ano de Informática, durante as aulas de Língua Portuguesa, manteve contato com o filme O nome da rosa baseado na obra de mesmo nome de Umberto Eco. Com o objetivo de visualizar o período medieval explorado na trama e consequentemente ampliar seus conhecimentos sobre a Literatura Medieval, conteúdo específico da disciplina, os alunos perceberam o pensamento dominante nesta época: o teocentrismo.
Segue agora a resenha bem estruturada do professor João Luís de Almeida Machado para os leitores mais atentos sobre o assunto. Boa leitura a todos!
01/06/2011
O Nome da Rosa
Sherlock Holmes Medieval
João Luís de Almeida Machado*
William de Baskerville (Sean Connery em mais uma de suas marcantes interpretações, totalmente caracterizado como um monge franciscano) e Adso (vivido pelo então desconhecido Christian Slater, numa memorável presença como um noviço a acompanhar seu mestre, prática das mais comuns naqueles tempos) se esforçam para solucionar uma série de assassinatos que estão a ocorrer num mosteiro medieval localizado na Itália.
Dispondo de recursos "sofisticados" (a sequência em que William cobre seus instrumentos é extremamente significativa pois peças como o astrolábio e o quadrante que eram utilizadas pelos mouros e desconhecidas da maioria dos cristãos tem "participações especiais" e representam indicativos dos caminhos modernos adotados pelo personagem de Sean Connery) para os padrões da época, utilizando-se de uma lógica aparentada a de Sherlock Holmes muito tempo antes do nascimento do criador do imortal detetive, sir Conan Doyle e baseando suas ponderações nos princípios aristotélicos num momento em que os artífices da filosofia grega eram pouco ou totalmente desconsiderados, William de Baskerville constitui um dos grandes personagens da literatura (o filme baseou-se no romance homônimo do escritor, professor e intelectual italiano Umberto Eco) e do cinema. Constitui-se igualmente numa grande aula de história e de filosofia.
As perspectivas se abrem desde o princípio da trama pois estamos respirando os ares de um mosteiro encravado numa montanha, controlado pelos Beneditinos e que recebe a ilustre visita de visitantes franciscanos. A atmosfera sombria da localidade, o aspecto doentio de muitos dos frades que aparecem no transcorrer da história, o tom escuro de muitas das sequências (efeito propositalmente trabalhado por conta do competente diretor francês Jean-Jacques Annaud, do já comentado "Círculo de Fogo"), a rejeição a conceitos considerados avançados por parte da grande maioria dos monges que circulam no mosteiro e a presença destacada da Inquisição a partir da metade do filme nos permitem compreender um pouco do que foi a Idade Média.
Uma das maiores qualidades do filme está na reprodução de época, com a equipe de Annaud sendo assessorada pelo eminente historiador francês Jacques Le Goff, o que confere ao filme maior credibilidade no que se refere a utilização do mesmo como recurso didático. O figurino, as locações (o filme foi feito num autêntico mosteiro medieval), a ambientação, as músicas, os objetos disponibilizados e mesmo a fotografia em tons lúgubres (escuros, dando-nos uma impressão de umidade nos locais de filmagem) se tornam referências para que possamos apresentar o domínio cristão no medievo.
A trama central gira em torno dos referidos assassinatos descritos no início desse artigo, atribuídos pelos beneditinos a forças ocultas, a ação demoníaca que teriam dominado alguns dos jovens monges daquela casa de Deus. É interessante ressaltar que conceitos como Deus e as forças do bem confrontando-se com o diabo e o mal eram dominantes nesse período devido ao enorme poder da Igreja Católica (a grande força remanescente desde a época em que os romanos e seu grande império ruíram, ainda no longínquo século V); um dos maiores veículos de propagação dessa crença foram os trabalhos do filósofo cristão Santo Agostinho, em especial sua obra sobre a Cidade de Deus e a Cidade dos Homens.
No período em que se passa a ação, a igreja já passava por algumas dificuldades devido ao ressurgimento de cidades e de rotas de comércio, além da concessão aos leigos para frequentar as nascentes universidades (é dessa época um dos trabalhos que precedem o Renascimento Cultural e que são considerados como basilares para as transformações que se operam na transição do mundo medieval para o moderno, ou seja, a obra clássica do italiano Dante Alighieri, "A Divina Comédia"). O surgimento da Inquisição e a forma como essa instituição da igreja foi se tornando cada vez mais dura na sua perseguição aos hereges comprovam os receios por parte da cúpula do mundo cristão.
A diferença de atitude do recém-chegado William contrasta com a atribuição a forças do além dos beneditinos e nos lança numa investigação em busca de provas, de evidências dos crimes (o que pode ser considerado como uma antecipação de posturas investigativas que passaram a ser adotadas no mundo da modernidade, quando do surgimento de correntes filosóficas e científicas apoiadas no empirismo e no racionalismo).
O confronto entre os franciscanos e os representantes da Inquisição (com destaque para o personagem Bernardo Gui, interpretado pelo premiado ator F. Murray Abraham, vencedor do Oscar de melhor ator pela sua personificação de Salieri, em "Amadeus") nos coloca novamente frente a frente com a questão do Bem e do Mal, apenas que interiorizados na instituição que se considera, por excelência, a representação terrena dos dotes celestiais e de sua mensagem de bondade. Quem triunfará?
"O Nome da Rosa" nos permite transitar por diversos temas e fases da história, nos remete inclusive aos fatores que levaram ao surgimento da Reforma do século XVI, além das já mencionadas outras possibilidades de estudo. Leva-nos a transitar pela filosofia antiga, medieval e antever a moderna. Abre perspectivas para buscar na literatura do período as fontes de compreensão dessa fase tão rica que é o período medieval. Além do que, a trama policialesca criada por Umberto Eco dá sustentação para um grande filme de suspense. Aproveitem!
Ficha Técnica
O Nome da Rosa (The Name of the Rose)
País/Ano de produção: Fra/Ita/Ale, 1986
Duração/Gênero: 130 min., policial/suspense
Distribuição: Globo Vídeo ou Flashstar Vídeo
Direção de Jean-Jacques Annaud
Elenco: Sean Connery, F. Murray Abraham, Christian Slater.
Links
http://epipoca.uol.com.br/filmes_detalhes.php?idf=1153
http://www.adorocinema.com/filmes/nome-da-rosa/nome-da-rosa.htm
http://epipoca.uol.com.br/filmes_detalhes.php?idf=1153
http://www.adorocinema.com/filmes/nome-da-rosa/nome-da-rosa.htm
*João Luís de Almeida Machado Doutor em Educação pela PUC-SP; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP); Professor Universitário e Pesquisador; Autor do livro "Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema" (Editora Intersubjetiva).
24 de Maio de 2011
O material que segue é de fundamental importância para você aprender um pouco mais sobre o gênero textual resenha crítica e manter o contato com a resenha do livro O Pequeno Príncipe de Exupéry. Aproveite a leitura!
RESENHA CRÍTICA
É comum as pessoas fazerem observações sobre algum fato ou atividade por que se interessem. A crítica de um filme, de um livro, de uma peça de teatro e de outros acontecimentos, a apresentação de suas características principais, é o que se chama de resenha crítica, um texto de caráter jornalístico.
Resenha crítica é a apresentação do conteúdo de uma obra, acompanhada de uma avaliação crítica. Expõe-se claramente e com certos detalhes o conteúdo da obra, o propósito da obra e o método que segue para posteriormente desenvolver uma apreciação crítica do conteúdo, da disposição das partes, do método, de sua forma ou estilo e, se for o caso, da apresentação tipográfica, formulando um conceito do livro.
A resenha crítica consiste na leitura, resumo e comentário crítico de um livro ou texto. Para a elaboração do comentário crítico, utilizam-se opiniões de diversos autores da comunidade científica em relação às defendidas pelo autor e se estabelece todo tipo de comparação com os enfoques, métodos de investigação e formas de exposição de outros autores.
Segundo Andrade (1997), resenha é um relato minucioso das propriedades de um objeto, ou de suas partes constitutivas; é um tipo de redação técnica que inclui variadas modalidades de textos: descrição, narração e dissertação. Estruturalmente, descreve as propriedades da obra (descrição física da obra), relata as credenciais do autor, resume a obra, apresenta suas conclusões e metodologia empregada.
Podemos elaborar resenhas críticas de textos escritos, literários ou não, mas também de programas de televisão, de filmes, músicas, peças de teatro entre outros.
A resenha deve ser escrita em terceira pessoa, implicando em certa neutralidade, o que é limitado, porque na seleção e organização do texto já ocorre intenção de quem escreve.
Uma resenha crítica compõe-se de quatro partes:
* referências sobre a obra (autor, titulo, local e data de edição), número de páginas, formato;
* resumo da obra;
* conhecimentos culturais sobre o assunto tratado e sobre o autor da obra;
* opinião crítica sobre a obra.
Tais partes devem e precisam aparecer em uma resenha seguindo uma ordem específica. Espera-se que o autor encontre a melhor maneira para que possa atingir o seu objetivo de influenciar a opinião do leitor
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No dia 20 de maio, a EEEP Elsa Maria Porto Costa Lima realizou a tarde literária com exibição do Filme Policarpo Quaresma: herói do Brasil. Logo após a exibição, os professores Jesus Farias, Lúcia Helena e Marília Costa abriram o debate acerca da produção de mesmo nome da obra literária de Lima Barreto.
Segue agora o material utilizado no debate. Aproveite a oportunidade de também desbravar esta envolvente trama!
CONSIDERAÇÕES SOBRE O FILME “POLICARPO QUARESMA: HERÓI DO BRASIL”.
Fonte da imagem: jornaldojustino.blogspot.com
I – FICHA TÉCNICA DO FILME
Policarpo Quaresma: herói do Brasil (Idem, Brasil, 1998, 124 min.aprox.) Gênero: Comédia. Distribuição: Riofilme e Filmark. Direção: Paulo Thiago. Roteiro: Alcione Araújo, baseado no romance Triste fim de Policarpo Quaresma de Affonso Henriques Lima Barreto. Elenco: Paulo José (Policarpo Quaresma)/ Giulia Gam (Olga)/ llya São Paulo (Ricardo)/ Antônio Calloni (Genelício)/ Bete Coelho (Adelaide)/Othon Bastos (Floriano Peixoto)/Cláudio Mamberti (Coleoni)/Fernando Eiras (Armando Borges)/Luciana Braga (Ismêmia)/Tonico Pereira (Bustamante)/Nelson Dantas (Caldas)/Jonas Bloch (Dr. Mendonça)/Marcélia Cartaxo (Sinhá Chica)/ José Lewgoy ( General Albernaz)/ Aracy Balabanian (Maricota)/Chico Diaz (Felizardo)/José Loureiro (Tenente Antonino)/ José Dumont (Tenente Coxo)/David Pinheiro (Átila)/Paulão (Genu)/Carlos Gregório (Dr. Campos)
II – RESUMO DO FILME/ROMANCE:
Policarpo Quaresma é um sonhador. Ele ama o país acima de tudo e luta para valorizar o que é brasileiro. Com o apoio da afilhada Olga e Ricardo Coração dos Outros ele adota hábitos nacionalistas e até indígenas: vai ao trabalho de cocar e escreve documentos em tupi-guarani.
Num acesso radical ataca seu chefe com um tacape. Policarpo é internado num hospício, porém desafia as normas de conduta e rigor, provando que a noção de loucura é relativa. Viaja em seguida para o interior dedicando-se à agricultura, aplicando seus métodos e filosofia, causando grandes confusões. Uma notícia de jornal o faz retornar à cidade para lutar ao lado do presidente Floriano Peixoto, que está implantando a república.
III – CURIOSIDADES
- Recebeu o Título no Canadá de The Patriot.
- Foi lançado no Canadá em 12 Setembro de 1998, no Toronto Film Festival, em Portugal, 25 de Maio de 2001 e na França em 27 de Novembro de 2002.
IV – CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA
“Uma farsa musical das mais saborosas... Há qualquer coisa de refrescante para o espectador, ver assim misturadas com inteligência, o real e a fantasia, o drama histórico e a exuberância poética, o racionalismo político e o sonho idealista. Policarpo queria que o Brasil fosse o mais brasileiro possível, Paulo Thiago acompanha sua visão em beleza”. Marte-Noelle Tranchant – Le Figaro
V – TRECHOS SELECIONADOS PARA DISCUSSÃO
1. Localização (espaço, tempo e contexto histórico do filme): Rio de Janeiro, 1893. A República tinha sido proclamada há quatro anos. Governava o Brasil o Marechal Floriano Peixoto. Era uma época de reformas radicais.
2. Negros vendendo bugigangas: marginalização dos ex-escravos.
3. Faixa: Fim ao paiz dos miseráveis. Síntese da insatisfação das pessoas frente ao clima de miséria e violência do país.
4. O filme inicia já em trecho adiantado do livro: a Câmara dos deputados aprecia o requerimento de Policarpo, que pede o estabelecimento do tupi-guarani como língua oficial do Brasil.
5. O foco volta-se para as personagens marginais: o professor Ricardo Coração dos Outros, um suburbano; Felizardo, um caboclo. A eles se associam os loucos. Há a presença da figura do imigrante, representado pelo pai de Olga.
6. A necessidade do apoio da ciência para afirmar tudo, como é o caso da ação de policarpo, recorrendo à ciência para demonstrar ser a modinha a mais genuína expressão da poesia brasileira: ecos do Positivismo de Comte.
7. A frivolidade e a hipocrisia da sociedade burguesa: as ocupações de cargos públicos em troca de presentinhos (queijo para a mãe, flores para a esposa e uma nota em francês no jornal para o ministro que assegurara uma vaga no tribunal de contas para o Dr. Genecílio, uma vira-casaca de primeira ordem.).
8. A República foi feita para criar vagas e promoções.
9. A presunção do capitão: você [Policarpo Quaresma] ousa afirmar que há algo neste mundo que eu não conheça. Eu sou científico, formado na Escola Militar...
10. “O que determina a normalidade? A média dos homens? Se assim for, como ficariam os gênios, que em muito ultrapassam a média dos homens?”
11. A lição para o psiquiatra: “toma os livros que enfeitam sua estante e que você nunca leu”.
12. Hospício: “uma prisão para quem age diferente dos outros”.
13. Ismênia morre de tuberculose: o mal-do-século.
14. Sítio do Sossego: mais um nome significativo em Lima Barreto (também Felizardo, Ricardo Coração dos Outros)
15. “Vou reformar isto tudo. Transformarei este sítio em um modelo. Vou provar que o Brasil é o país da agricultura”.
16. Os sem-terra: as mazelas de hoje já presentes na literatura de Lima Barreto.
17. Humanismo levado ao extremo: “Chega de religiões. Meu Deus é o homem, como você Felizardo”.
18. “É a agricultura científica. Vamos vencer, domar a natureza. Se a ciência diz o contrário, não é a reza que vai trazer chuva”.
19. XENOFOBISMO: “Enquanto os artistas amarem o Brasil ainda há esperança. Quando se entregarem ao gosto dos estrangeiros, nós vamos desaparecer”.
20. “O Brasil não é pra ser descoberto, é pra ser inventado”. → Título de minissérie da Rede Globo.
21. Policarpo “copula” com a terra. → sêmen/semente
22. “Mantenha o espírito e os olhos bem abertos”. → Conselho de Policarpo a Olga para que tivesse pronta para as mudanças.
23. CRÍTICA AO PARNASIANISMO: Ricardo Coração dos Outros: “uma injustiça na avaliação que o jornal O Tempo fizera de seus poemas. Os críticos se atêm à questão da metrificação; dizem que meus versos não são versos. Policarpo [reagindo]: são uns parlapatães. Querem sonetos rimadinhos, penteadinhos, lambidinhos, perfumadinhos”.
24. “Ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil”.
25. A política naquele tempo: o presidente da Câmara tenta subornar Policarpo, pagando-lhe para que o homem afirmasse não ter ocorrido nenhuma eleição na comarca dominada pelos opositores ao partido do político. Ante a recusa da parte do honestíssimo policarpo, retruca o corruptor, demonstrando a total inversão de valores: “Eu faço o jogo, não as regras. O senhor é que está transgredindo as regras [ao não aceitar o suborno]”.
26. REVOLTA ARMADA: Navios ameaçam bombardear o rio de Janeiro sob o comando do contra-almirante Custódio de Melo. Marinha e Conservadores exigem a queda do Presidente Floriano Peixoto.
27. CARICATURA: Floriano Peixoto, longe de pensar em patriotismo ou heroísmo, volta-se para seus problemas pessoais: como pagar a dívida com o salário que recebe como presidente? Da mesma forma age um dos oficiais, cuja única motivação para entrar na guerra contra os revoltosos é a possibilidade de conseguir a patente de coronel, nem, que para isso tenha que inventar uma batalha inexistente, chegando a premiar os “heróis”.
28. O professor Ricardo Coração dos Outros: um voluntário recalcitrante (as palavras revelando a eterna contradição, jeitinho e malandragem de nossas elites, tal como a expressão, mais recente, do “empréstimo compulsório”.
29. O jornal feminino defende a legalização do divórcio e o direito da mulher ao voto.
30. O balanço final (e pessimista) de Policarpo Quaresma: “Sonhei em fazer o povo feliz. Como acabarei? Tenho medo. Tanta coisa por fazer. Será que a pátria vai me compensar com a morte. Será que mereço este TRISTE FIM [DE POLICARPO QUARESMA]?” → título do romance.
A ÚLTIMA FRASE DE POLICARPO: “VIVA O POVO BRASILEIRO!” → título de uma obra de João Ubaldo Ribeiro.
Esse filme "O Nome da Rosa" foi super interessante!!!!!Com ele aprendemos muita coisa sobre a vida na Idade Media!
ResponderExcluirMariana e Mikael
1º ano de Informática
Nós achamos muito legal pois traz-nos uma lição de que sem estudo não temos conhecimento.,
ResponderExcluirLeonardo e Maíza
1º ANO DE INFORMÁTICA
Supeer, supeer, supeer interessante.Foi demaiis assistir na saala."Enfim fizeram silêncio", mas deu tudo certo. SEm falar que o filme mostra muito a realidade do que aspessoas viviiam naquela época.
ResponderExcluir'alissonf.
1º ano de Informática
Bem legal a história do filme
ResponderExcluirdevemos assistir outros iguais
gostei!!!!
Annyelton 1° ano Informática
Adorei o filme!
ResponderExcluirdevemos assistir entre outros!
Amei o blog bem produzido!!!
ResponderExcluiresta de parabens Marilia...
"Policarpo Quaresma"
ResponderExcluirUm personagem de carácter político e esperançoso quanto à mudanças para o Brasil..
Infelizmente, enganado por sua inteligência e capacidade, morreu..
Mas, deixou para todos uma lição de que para se ter um Brasil melhor devemos lutar por ele!
"Macunaíma"
ResponderExcluirO herói que jamais será herói!
Policarpo Quaresma, o famoso major Quaresma...
ResponderExcluirUm homem sonhador, que acima de tudo amava seu país e que colocava o mesmo sempre em primeiro lugar. Para ele, o Brasil era o melhor lugar do mundo, a sua cultura, sua música... Passando até a apreciar o violão, que na época era considerado um instrumento marginalizado. Ele acreditava que o Brasil poderia se tornar uma grandiosa nação, mas o mesmo teria que passar por algumas mudança, como: adotar o tupi como a língua oficial, entre outras mudanças que citava. Por essas coisas ele foi considerado um sonhador, um visionário que ia muito além do real e do possível.
Rayane Lima
O que mais chamou a minha atenção, foi ver um homem sonhador e apaixonado pelo Brasil. Ver sua luta para ver um mundo melhor.
ResponderExcluirEliene Santanma
Informática 3° ano
Otimas propostas, bem atuais...
ResponderExcluirO tema que eu escolhe foi: O conflito entre gerações e a convivência social.
A cada dia que passa o jovem vem ditando suas proprias regras, deixando o que um dia foi padrão de lado, passando assim a selecionar o que achar melhor pra sí mesmo; mas espere, isso não é evolução? e esse não é o ideal do ser humano?
Bjo do gordo :/D
ResponderExcluirA proposta que escolhe:Juventude e alcoolismo: um problema social.
ResponderExcluirO alcoolismo vem se tornando um grande problema para a sociedade,e principalmente para os jovens. Em São Paulo 80% dos jovens ja consumiram álcool, isso é ou não é um problemão? Se todos colocasse na mente de que o maior causador de acidentes, homicídios, e os crimes é o álcool talvez esse mundo não fosse tão violento, sem falar na família de um alcoolatra que sofre muito e vivi na luta e a esperança de que um dia o lcoolatra vai se liberta desse vicio tão problemático e triste.
-----> Adorei as prosposta bem atual*
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei as propostas para as produções dos textos.Os temas estão bem criativos com relação a nossa atualidade, pois retratam a realidade do mundo de hoje.Dentre os dez temas juventude e alcoolismo: um problema social'.Na minha opinião esse é um tema que desperta bastante interesse nas pessoas , pois muitas dessas sofrem com esse problema tanto na família como na sociedade.Parece ate moda a combinação do álcool com o jovem, algo que se transforma em um dos principais problemas atuais dentro da sociedade.
ResponderExcluirAs propostas de redação estão ótimas,foi muito difícil escolher,mas escolhi TEMA 01: Que fazer para a Copa do Mundo de 2014 beneficiar o Brasil?
ResponderExcluireste foi o tema que mais chamou minha atenção,pois o Aracati vai ficar entre duas cedes da copa,Fortaleza e Natal-RN.E por isso irão vir muitos turistas para nossa cidade e principalmente nossas praias.
Sanderson Barbosa de Freitas
turismo 3º ano.
Policarmo Quaresma...
ResponderExcluir# homem de muita garra e persistência, acabou sendo morto por amor ao seu querido país, podemos tomar por este exemplo atitudes como esta sabendo que o sucesso vem depois da luta_
Erica Matias 3º informática
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir_Triste fim de Policarpo Quaresma é um romance do pré-modernismo Brasileiro, que foi escrito por Lima Barreto.O major como ele era conhecido, era um sonhador que amava seu país e lutava para que o Tupi-guarani fosse o idioma nacional, e ele tinha o apoio de sua afilhada...
ResponderExcluiro importante e que eu conheci um pouco dessa história do Brasil, muito interessante-#
Cibele Lima informatica 3° ano
Gostei quando falou sobre Policarpo Quaresma.
ResponderExcluirEu li o livro que falava de sua vida: "Triste fim de Policarpo Quaresma" de Lima Barreto.
E Ele era pessoa que sonhava alto, tendo como objetivo mudar o país, transforma-lo em nacional, e não apoiando o que era estrangeiro. E essa atitude de querer mudar o Brasil é o que me chama mais atenção, pois não é qualquer Brasileiro que luta para modficar seu pais, e ele teve essa atitude.
É um livro muito bom,indico para todos alunos que amam a literatura brasileira.
Anderson Rocha do Nascimento Turismo 3º ano
Esses simulados do Enem são uma maraviha para quem deseja aprimorar seus conhecimentos . então fique ligado XD....-__-
ResponderExcluirMuito boa a postagem da resenha crítica,pois muitos tem dificuldade de produzi-la e também do simulado,pois nos ajudará bastante na hora de estudarmos para o ENEM.
ResponderExcluirAs propostas de redação estão muito boas, os temas são bastante creativo basta agora cada aluno se dedicar ao seu tema e fazer uma excelente redação... Vou agora mesmo fazer a minha.
ResponderExcluirJá sei qual vai ser meu tema!É um tema muito polemica e comum na nossa sociedade.
ResponderExcluirAchei muito interessante o que foi postado no blog sobre o Modernismo, visto que estamos estudando sobre ele faz muito bem para nosso aprendizado! E também foi de suma importância falar sobre os principais autores da Segunda Geração (Poesia e prosa), pois estar descrevendo um pouco de cada um deles, e isso favorecem mais ainda o nosso entendimento.
ResponderExcluir_Juventude e alcoolismo: um problema social.
ResponderExcluirUm tema bem colocado, parabéns para a dupla que o desenvolveu.
Como vimos nos textos relacionados ao tema, o álcool também é uma droga que pode levar o ser humano a um caminho sem volta e muita das veses não chega nem a desfrutar de sua própria adolescência. Vamos fazer com que estes jovens vejam o lado bom da vida, que é viver de maneira correta!
#£rica M@tias_
Pessoal!
ResponderExcluirEncontrei no youtube um vídeo de uma charge de Maurício Ricardo, que consta uma crítica sobre a educação no Brasil que não está tão boa.
Esse vídeo, tema as caricaturas dos integrantes do grupo RESTART no ritmo da música (de Restart) RECOMEÇAR.É muito interessante, aí vai o link:
http://www.youtube.com/watch?v=4osE-4_gsjI
Amei os temas das redações.São todos atuais e nos ajudarão na hora de praticarmos nossos conhecimentos fazendo redações.Muito bom,todos ele!
ResponderExcluirBárbara... Seg. do Trab. 3°
As propostas de redação foram muito bem elaboradas, temas atuais e polêmicos
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa
Bruna Silva Inf 3
O tema que escolhei para elaborar minha redação desse período foi o tema 07(Enchentes:o excesso de chuvas é o único responsável pelo desastre?), o qual têm sua relevância de acordo com os eventuais acontecimentos. E analisando a nossa realidade podemos nos situar que não é algo passageiro.
ResponderExcluirOs textos motivadores, foram bem selecionados, assim facilitando nos argumentos da redação que iremos redigir.
ResponderExcluirMuito legal está parte do blog na qual nós vemos tudo que se passou na sala de aula par podemos se informa melhgor sobre determinados assuntos
ResponderExcluirAdorei as postagens estão todos de parabéns, muito interessante os assuntos!
ResponderExcluirÉ muito legal e espero que as pessoas usem muito bem esse link pois é mais uma ajuda para estudar e para as curiosidades que você ttem é so pesquisar um pouco e vo ce fica sabendo de tudo mais um pouco.
ResponderExcluirwillianne valente
infor II
Este filme "O Nome Da Rosa" é muito legal pois nos ajudou bastante no 1° ano e ficamos sabendo sobre muitas coisas .Adorei pois com filme as aulas ficam mais legais e os alunos prestentam mais atenção.
ResponderExcluirE o ensino fica melhor para o nosso aprendizagem
Karen Freitas e Patrícia Lopes
Informática 2°
gostei muito é muito interesante
ResponderExcluir